Founders Fund, de Peter Thiel, investe R$ 2 bilhões na Enter

O Founders Fund investe R$ 2 bilhões na Enter, impulsionando a inovação em legaltech no Brasil.
24/09/2025 às 11:02 | Atualizado há 3 meses
               
Enter levanta R$ 2 bilhões
The Founders Fund retorna ao Brasil após 7 anos, investindo no Nubank em 2016. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A Enter, startup de inteligência artificial, levantou R$ 2 bilhões em uma nova rodada de investimentos. Este aporte foi liderado pelo Founders Fund, conhecido por seus investimentos em empresas de tecnologia. Com esse investimento, o valuation da Enter alcançou R$ 2 bilhões, destacando sua importância no cenário de legaltech.

A nova rodada, que contou com a participação da Sequoia Capital, visa acelerar a expansão da startup. Fundada em 2023, a Enter possui um sistema que otimiza defesas jurídicas de grandes empresas, gerenciando cerca de 30% dos processos de consumidores contra seus clientes. O CEO, Mateus Costa-Ribeiro, aponta que o objetivo é integrar e expandir os serviços oferecidos.

A Enter planeja conquistar novas corporações e aumentar sua equipe para suportar os crescentes desafios. Com um contrato médio de R$ 4 milhões anuais, a empresa espera conduzir 250 mil processos judiciais em 2023. O crescimento é dividido em fases que incluem a expansão internacional nos próximos anos.
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A Enter levanta R$ 2 bilhões em nova rodada de investimentos, apenas seis meses após sua última captação com a Sequoia Capital. A startup brasileira, que utiliza inteligência artificial para otimizar as defesas jurídicas de grandes empresas, atraiu novamente a atenção de um gigante americano do mercado de Venture Capital.

O novo aporte financeiro, totalizando R$ 200 milhões, elevou o valuation da Enter para R$ 2 bilhões (post-money). A rodada foi liderada pelo Founders Fund, gestora de venture capital fundada em 2005 por Peter Thiel, conhecido por investir precocemente em empresas como Facebook e SpaceX.

A Sequoia Capital, que já havia investido na Enter anteriormente, co-liderou esta rodada, aumentando sua participação. ONEVC e Atlantico também participaram, mantendo suas respectivas proporções de investimento.

A última vez que o Founders Fund investiu no Brasil foi em 2016, liderando a Série C do Nubank. Esta rodada marca a estreia da gestora americana no setor de legaltech, com a Enter sendo a primeira empresa do ramo a receber seu investimento.

Este é o maior investimento já realizado em uma startup brasileira nativa de IA, superando a captação de aproximadamente R$ 100 milhões da NeoSpace em janeiro. A Enter, fundada em 2023, busca solucionar um dos maiores problemas enfrentados por grandes empresas no Brasil: os altos custos com processos de consumidores, que podem representar de 4 a 5 vezes o lucro líquido das companhias.

A Enter desenvolveu um agente de inteligência artificial com a capacidade de analisar o motivo do processo contra a empresa, processar informações dos sistemas internos para entender os eventos e, então, gerar uma defesa formal pronta para ser apresentada à Justiça. Além disso, os agentes de IA da Enter auxiliam na elaboração de recursos, audiências e no cálculo de custos judiciais.

Segundo Mateus Costa-Ribeiro, CEO e fundador da Enter, a empresa está criando um sistema operacional completo para o contencioso, chamado EnterOS, que integrará todos os workflows. Desde sua primeira rodada de investimento, a Enter expandiu significativamente, conquistando dez novos clientes, incluindo grandes empresas como Latam, Mercado Livre, Magazine Luiza, Santander, Itaú e Banco Pan, além de aumentar sua participação nos clientes já existentes.

Atualmente, a startup gerencia cerca de 30% de todos os processos de consumidores contra seus clientes. Esse número é ainda maior para os clientes que utilizam a plataforma há pelo menos um ano. De acordo com o fundador, a rodada de investimento tem como objetivo acelerar a expansão da empresa, permitindo a entrada em um número maior de grandes corporações.

Para alcançar esse objetivo, a Enter planeja investir no aumento de sua equipe de engenharia, vendas e AI deployment, que atua diretamente com os clientes na implementação da solução. Embora a Enter não divulgue seus números de receita, Mateus afirma que o contrato médio com os 15 clientes listados na Bolsa de Valores é de R$ 4 milhões anuais, o que resultaria em uma receita anual de R$ 60 milhões.

Ainda segundo o fundador, a startup espera conduzir 250 mil processos judiciais este ano, o que representa 14% de todos os processos cíveis das dez empresas que mais recebem ações no Brasil. O plano de crescimento da Enter está dividido em três fases: tornar-se a plataforma de referência para auxiliar advogados em casos consumeristas no Brasil; expandir para áreas adjacentes, como processos trabalhistas e reclamações no Procon e no Banco Central; e, por fim, internacionalizar o negócio em um prazo de 3 a 4 anos.

Michael Mac-Vicar, ex-CTO da Wildlife, e Henrique Vaz, ex-CMO da Wildlife com experiência na Tesla, são os outros fundadores da Enter.

Via Brazil Journal

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.