Matthew Prince, cofundador da Cloudflare, apresentou um Plano Cloudflare jornalismo para ajudar o jornalismo a sobreviver na era da inteligência artificial. Ele sugere que grandes modelos de linguagem (LLMs), como os da OpenAI e Anthropic, paguem pelo uso de conteúdo jornalístico. Atualmente, essas empresas extraem informações gratuitamente.
A Cloudflare aponta um desequilíbrio significativo no acesso à informação. A OpenAI, por exemplo, acessa sites 250 vezes mais do que contribui com tráfego. A Anthropic, chega a um índice alarmante de 6.000:1. Prince acredita que o bloqueio padrão de bots de IA pode forçar essas empresas a negociar pagamentos.
Essa estratégia de Prince já está em desenvolvimento. A Cloudflare lançou o AI Audit, uma ferramenta que permite aos sites monitorarem e bloquearem crawlers de IA. Atualmente, o bloqueio é opcional. Porém, a Cloudflare planeja torná-lo padrão em breve. A restrição ao acesso de IAs aos dados da web forçaria uma negociação de pagamentos.
A proposta é simples: com um acesso restrito simultâneo de vários sites, as grandes empresas de tecnologia seriam obrigadas a negociar com os donos do conteúdo. Isso criaria uma nova forma de monetização para o jornalismo, compensando a extração de dados. Essa iniciativa poderia gerar um novo mercado de dados, beneficiando publicações.
O Plano Cloudflare jornalismo propõe uma solução para os desafios enfrentados pelo jornalismo digital. O modelo atual, baseado em assinaturas e anúncios, demonstra fragilidade. A proposta da Cloudflare é uma tentativa de promover um novo equilíbrio. A ferramenta AI Audit já está disponível, permitindo aos sites se preparar.
Via TecMundo