A participação da Inpasa na Vibra Energia está sob análise do Cade, que avalia possíveis impactos na concorrência. O fundador da Inpasa, José Odvar Lopes, busca permissão para manter seu investimento na empresa através do Fundo Infiniti JL.
A operação levanta preocupações pela atuação de Lopes nos setores de produção e distribuição de combustíveis. O Cade investiga os mecanismos para evitar o compartilhamento de informações estratégicas entre as empresas do grupo.
Caso o Cade aprove a solicitação, Lopes poderá exercer seus direitos políticos e participar do conselho da Vibra, que possui capital pulverizado e não conta com acionista controlador definido.
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A Participação da Inpasa na Vibra Energia, a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O fundador da Inpasa, José Odvar Lopes, busca autorização para manter seu investimento na Vibra, realizado através do Fundo Infiniti JL. A operação levanta questões sobre a concentração de mercado, dada a atuação de Lopes tanto na produção quanto na distribuição de combustíveis.
A notificação ao Cade é necessária devido ao envolvimento de empresas no mesmo setor. Lopes, conhecido como “Seu Zé”, também possui a rede de postos Rodobrás, com atuação no Centro-Oeste. A autorização do Cade é crucial para que o investidor possa exercer seus direitos políticos na Vibra.
O Infiniti JL, embora apresentado como investimento financeiro, é o veículo controlador da Inpasa, a maior produtora de etanol de milho do país. Essa dupla presença no mercado, produção e distribuição, chamou a atenção do Cade para a Participação da Inpasa na Vibra.
A Vibra, que opera a rede de postos com a bandeira Petrobras, é a maior do Brasil. Uma decisão desfavorável do Cade poderia forçar Lopes a reduzir sua Participação da Inpasa na Vibra para menos de 5%, perdendo sua posição de acionista relevante.
O Cade aprofundou a análise e solicitou informações sobre os mecanismos para evitar o compartilhamento de dados sensíveis entre o grupo de Lopes e a Vibra. O órgão regulador busca garantias de que não haverá troca de informações sobre preços, volumes e negociações com distribuidores e varejistas, impactando a Participação da Inpasa na Vibra.
O Fundo Infiniti JL argumenta que sua entrada na Vibra tem caráter financeiro e não influencia a gestão da companhia. A Vibra é descrita como uma empresa de capital pulverizado, sem acordo de acionistas ou bloco de controle, onde a Participação da Inpasa na Vibra não confere controle.
O fundo também ressalta que não terá acesso a informações estratégicas e que sua posição é minoritária, sem aquisição de controle. A expectativa é que, com a aprovação do Cade, Lopes possa ser indicado ao conselho de administração da Vibra, dado que o Infiniti JL detém 10,14% das ações.
O estatuto social da Vibra não impede a eleição de conselheiros do setor de combustíveis, apenas veta candidatos com conflito de interesses. A poison pill é um limitador, obrigando qualquer acionista que atinja 25% do capital a lançar uma oferta pública para adquirir 100% das ações, tornando a tomada de controle não negociada economicamente inviável, o que impacta a Participação da Inpasa na Vibra.
Atualmente, a Vibra não tem um acionista controlador definido. José Odvar Lopes, através da Participação da Inpasa na Vibra, detém a maior posição, seguido pela gestora Dynamo e pelo investidor Ronaldo Cezar Coelho. BlackRock e Lazard completam o quadro acionário com cerca de 5% cada.
A Inpasa, maior produtora de etanol de milho do Brasil, começou no Paraguai em 2007 e inaugurou sua primeira usina no Brasil em 2019. Em 2024, a receita da Inpasa atingiu R$ 13,6 bilhões, com uma margem líquida estimada em 18%, indicando um lucro superior a R$ 2 bilhões. Esse crescimento e rentabilidade colocam a empresa no centro das atenções, inclusive nas negociações com a Petrobras para a retomada da produção de etanol.
Via InvestNews
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