Fundador da Inpasa solicita aprovação do Cade para manter investimento na Vibra

José Odvar Lopes pede autorização ao Cade para continuar investindo na Vibra, maior distribuidora de combustíveis no Brasil.
19/11/2025 às 12:42 | Atualizado há 3 dias
               
Participação da Inpasa na Vibra
Regulador exige segurança para evitar troca de dados sensíveis entre Inpasa e Vibra. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A participação da Inpasa na Vibra Energia está sob análise do Cade, que avalia possíveis impactos na concorrência. O fundador da Inpasa, José Odvar Lopes, busca permissão para manter seu investimento na empresa através do Fundo Infiniti JL.

A operação levanta preocupações pela atuação de Lopes nos setores de produção e distribuição de combustíveis. O Cade investiga os mecanismos para evitar o compartilhamento de informações estratégicas entre as empresas do grupo.

Caso o Cade aprove a solicitação, Lopes poderá exercer seus direitos políticos e participar do conselho da Vibra, que possui capital pulverizado e não conta com acionista controlador definido.
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A Participação da Inpasa na Vibra Energia, a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, está sob análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O fundador da Inpasa, José Odvar Lopes, busca autorização para manter seu investimento na Vibra, realizado através do Fundo Infiniti JL. A operação levanta questões sobre a concentração de mercado, dada a atuação de Lopes tanto na produção quanto na distribuição de combustíveis.

A notificação ao Cade é necessária devido ao envolvimento de empresas no mesmo setor. Lopes, conhecido como “Seu Zé”, também possui a rede de postos Rodobrás, com atuação no Centro-Oeste. A autorização do Cade é crucial para que o investidor possa exercer seus direitos políticos na Vibra.

O Infiniti JL, embora apresentado como investimento financeiro, é o veículo controlador da Inpasa, a maior produtora de etanol de milho do país. Essa dupla presença no mercado, produção e distribuição, chamou a atenção do Cade para a Participação da Inpasa na Vibra.

A Vibra, que opera a rede de postos com a bandeira Petrobras, é a maior do Brasil. Uma decisão desfavorável do Cade poderia forçar Lopes a reduzir sua Participação da Inpasa na Vibra para menos de 5%, perdendo sua posição de acionista relevante.

O Cade aprofundou a análise e solicitou informações sobre os mecanismos para evitar o compartilhamento de dados sensíveis entre o grupo de Lopes e a Vibra. O órgão regulador busca garantias de que não haverá troca de informações sobre preços, volumes e negociações com distribuidores e varejistas, impactando a Participação da Inpasa na Vibra.

O Fundo Infiniti JL argumenta que sua entrada na Vibra tem caráter financeiro e não influencia a gestão da companhia. A Vibra é descrita como uma empresa de capital pulverizado, sem acordo de acionistas ou bloco de controle, onde a Participação da Inpasa na Vibra não confere controle.

O fundo também ressalta que não terá acesso a informações estratégicas e que sua posição é minoritária, sem aquisição de controle. A expectativa é que, com a aprovação do Cade, Lopes possa ser indicado ao conselho de administração da Vibra, dado que o Infiniti JL detém 10,14% das ações.

O estatuto social da Vibra não impede a eleição de conselheiros do setor de combustíveis, apenas veta candidatos com conflito de interesses. A poison pill é um limitador, obrigando qualquer acionista que atinja 25% do capital a lançar uma oferta pública para adquirir 100% das ações, tornando a tomada de controle não negociada economicamente inviável, o que impacta a Participação da Inpasa na Vibra.

Atualmente, a Vibra não tem um acionista controlador definido. José Odvar Lopes, através da Participação da Inpasa na Vibra, detém a maior posição, seguido pela gestora Dynamo e pelo investidor Ronaldo Cezar Coelho. BlackRock e Lazard completam o quadro acionário com cerca de 5% cada.

A Inpasa, maior produtora de etanol de milho do Brasil, começou no Paraguai em 2007 e inaugurou sua primeira usina no Brasil em 2019. Em 2024, a receita da Inpasa atingiu R$ 13,6 bilhões, com uma margem líquida estimada em 18%, indicando um lucro superior a R$ 2 bilhões. Esse crescimento e rentabilidade colocam a empresa no centro das atenções, inclusive nas negociações com a Petrobras para a retomada da produção de etanol.

Via InvestNews

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.