Arthur Mensch, Timothée Lacroix e Guillaume Lample se destacaram como bilionários na França com a Mistral AI, avaliando a startup em 11,7 bilhões de euros. Cada um dos fundadores possui mais de 8% da empresa, que se tornou um símbolo do avanço tecnológico europeu.
A empresa, com sede em Paris e cerca de 350 funcionários, busca desenvolver modelos gerativos de linguagem e já conta com contratos que ultrapassam 1,4 bilhão de euros. Apesar de ser menor que concorrentes como OpenAI, a Mistral está se estabelecendo no mercado de inteligência artificial, com apoio de grandes investidores.
Em busca de independência tecnológica, Mensch enfatiza que a Mistral não está à venda. A relação com empresas de chips, como a Nvidia, e o apoio do presidente francês Emmanuel Macron, mostram a importância da startup no cenário europeu.
Os Fundadores Mistral AI bilionários são Arthur Mensch, Timothée Lacroix e Guillaume Lample. Os três franceses conquistaram uma posição no ranking de bilionários da França após a rodada de investimento em sua startup, avaliada em 11,7 bilhões de euros (US$ 13,7 bilhões). Cada um detém pelo menos 8% da empresa que foi fundada em Paris, em 2023.
Segundo o Bloomberg Billionaires Index, o patrimônio líquido de cada um ultrapassa US$ 1,1 bilhão, marcando a primeira vez que executivos do setor de inteligência artificial na França atingem esse status. A Mistral AI está concluindo uma nova rodada de investimentos na Série C, que levou 1,7 bilhão de euros, com aportes relevantes da ASML Holding NV, empresa holandesa especializada em equipamentos para fabricação de chips.
Além da ASML, investidores como Andreessen Horowitz, DST Global e o banco público Bpifrance participam do capital. Os fundadores e colaboradores continuam como acionistas majoritários. A empresa tem se dedicado ao desenvolvimento de modelos gerativos de linguagem e mantém o “Le Chat”, um chatbot que disputa espaço com soluções do porte do ChatGPT e do Deepseek.
Com aproximadamente 350 funcionários, a Mistral AI tem sua sede em Paris e está presente com escritórios nos Estados Unidos, Londres, Luxemburgo e Cingapura. Até agora, sua carteira de contratos já ultrapassa 1,4 bilhão de euros. A valorização coloca a empresa entre as principais startups de inteligência artificial na Europa, reforçando seu papel estratégico, especialmente na França.
O presidente francês Emmanuel Macron tem destacado a Mistral como um símbolo do avanço tecnológico europeu. Embora a Mistral ainda seja menor que concorrentes globais como OpenAI e Anthropic, que receberam aportes mais expressivos, a empresa segue ganhando espaço no mercado.
Os três fundadores possuem trajetórias em grandes empresas e instituições de renome: Arthur Mensch, CEO, trabalhou no Google DeepMind; Guillaume Lample, cientista-chefe, estudou na Carnegie Mellon e teve passagem pela Meta; Timothée Lacroix, diretor de tecnologia, também foi da Meta depois de se formar na École Normale Supérieure.
Além disso, a Mistral mantém conexões com líderes na indústria de chips, principalmente a Nvidia, que domina o setor de processadores gráficos essenciais para o treinamento de modelos de IA. Durante a feira VivaTech 2025, Mensch esteve ao lado do CEO da Nvidia Jensen Huang e do Presidente Macron, evidenciando a importância da companhia no ecossistema global de inteligência artificial.
Mensch reforçou em entrevistas a pressão por entrega de resultados e ressaltou a importância da independência tecnológica da Europa em relação aos Estados Unidos. Segundo ele, a Mistral não está à venda e considera estratégica sua autonomia para o futuro do continente.
Via Exame