O **Funil de vendas online** tem passado por transformações significativas, impulsionadas pelas mudanças no comportamento do consumidor. Agências de marketing e o próprio Google reconhecem que o modelo linear tradicional já não reflete a complexidade da jornada de compra atual. Uma nova abordagem, que considera o consumidor como um agente que transita simultaneamente por streaming, scrolling, busca e compra, ganha força.
Essa mudança de paradigma no **Funil de vendas online** exige uma nova forma de entender o consumidor. Um estudo do Google em parceria com a Boston Consulting Group (BCG) aponta que o consumidor atual não segue um caminho linear. Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, ilustrou essa nova dinâmica no evento Think With Google, mostrando como as atividades de assistir vídeos no YouTube, pesquisar produtos e realizar compras se entrelaçam constantemente.
A pandemia acelerou essas transformações, tornando o comportamento do consumidor ainda mais imprevisível. A intuição já não é suficiente para prever suas ações, sendo necessário o uso de tecnologia para obter uma compreensão mais precisa. O modelo tradicional do **Funil de vendas online**, onde cada etapa representa um comportamento específico, não consegue mais capturar a complexidade dos pontos de contato do consumidor moderno.
Gabriel Gondim, sócio da BCG, explica que o **Funil de vendas online** é rígido, linear e sequencial, presumindo um comportamento previsível e unidirecional do consumidor. A alternativa é visualizar a jornada de consumo como um mapa de influências, onde cada comportamento impacta as etapas da compra de maneira interconectada. Um consumidor pode pesquisar produtos, comparar preços em grandes varejistas e, impulsivamente, comprar um item após ver um influenciador utilizando-o no YouTube Shorts.
Nesse contexto, o **Funil de vendas online** precisa ser repensado para considerar o peso de cada comportamento nas diferentes etapas da jornada. A Alphabet, controladora do Google, busca monetizar suas ferramentas, como o Google e o YouTube, para acompanhar esse novo modelo de consumo. Em 2024, a receita do Google Advertising representou 86% do total da empresa.
Apesar do domínio do Google, concorrentes como TikTok e Instagram estão ganhando espaço, especialmente entre o público jovem. Essas plataformas já ultrapassaram o Google como ferramenta preferida para buscas locais entre pessoas de 18 a 24 anos. Para se manter relevante no novo **Funil de vendas online**, o Google investe em ferramentas como o Google Lens e o AI Overviews, que utilizam inteligência artificial para melhorar os resultados de buscas comerciais.
O AI Overviews, por exemplo, aumenta o volume de buscas comerciais, e 25% das buscas visuais realizadas por meio do Google Lens têm intenção comercial. O Google está atento às mudanças no comportamento do consumidor e busca adaptar suas ferramentas para atender às novas demandas do mercado.
Via InfoMoney
