Futebol brasileiro conseguirá reter Vini Jr, Endrick e Estêvão no futuro?

Descubra o que o Brasil pode fazer para manter os jovens talentos Vini Jr, Endrick e Estêvão em suas equipes.
20/03/2025 às 05:03 | Atualizado há 3 meses
Futebol brasileiro
Futebol brasileiro e sua competição com europeus em destaque no Sports & Business Summit. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A capacidade do futebol brasileiro de reter seus talentos promissores, como Vini Júnior, Endrick e Estêvão, antes que sejam atraídos para a Europa ainda jovens, é um tema de grande debate. Essa questão foi levantada durante o Sports & Business Summit, com opiniões divergentes entre Maurício Portela, da Live Mode, e Marcelo Paz, CEO do Fortaleza. Será que o futuro reserva mudanças significativas para o cenário do futebol no Brasil?

A reestruturação do Campeonato Paulista pela LiveMode, que resultou em uma receita de R$ 400 milhões distribuída entre os 16 times, demonstra o potencial de uma organização eficaz. Os grandes clubes, como Corinthians e Palmeiras, arrecadam R$ 44 milhões apenas pela participação, valor comparável ao prêmio de vice-campeão da Copa do Brasil. Essa iniciativa reacende a esperança de que o futebol brasileiro possa competir financeiramente com os gigantes europeus.

Maurício Portela acredita que uma melhor gestão e venda dos direitos do futebol brasileiro podem aumentar a receita dos clubes, permitindo que rejeitem propostas estrangeiras. No entanto, a união para a venda dos direitos de transmissão da Série A e Série B não se concretizou, limitando o potencial de receita. A LiveMode conseguiu vender os direitos da Liga Forte União (LFU), mas o valor seria maior com a união de todos os clubes.

O Flamengo, por exemplo, optou por transmitir seus jogos em sua própria TV para fãs no exterior, demonstrando a distância para alcançar o sonho de Portela. Marcelo Paz expressou pessimismo em relação à união dos 40 clubes, fundamental para aumentar a receita com direitos de TV, patrocínio e licenciamento.

O Brasileirão ocupa a 6ª posição mundial em receita de direitos de TV, com R$ 2,8 bilhões anuais, próximo da Liga da França (R$ 3,4 bilhões). No entanto, a arrecadação é menor comparada à Itália (R$ 7,6 bilhões), Espanha, Alemanha e Inglaterra, que lidera com R$ 28,3 bilhões. Apesar disso, o Brasileirão é o mais rentável da América do Sul, atraindo talentos de países vizinhos.

O sonho de Portela ainda parece distante, mas Paz vislumbra o Brasileirão como a Premier League das Américas. Embora não possa competir com a Inglaterra, a ideia é que os clubes negociem seus talentos com mais rigor, como o Palmeiras fez ao vender Estêvão por 61,5 milhões de euros e Vini Junior por 45 milhões de euros.

Para resistir ao assédio estrangeiro, é crucial que a liga evolua e que clubes com dificuldades financeiras, como Corinthians, São Paulo e Fluminense, melhorem suas finanças.

Via InfoMoney