O órgão de fiscalização de estabilidade financeira do G20 apresentou um novo plano para lidar com os riscos climáticos. No entanto, o trabalho de políticas adicionais foi interrompido devido a um recuo dos Estados Unidos, que testou os esforços para promover uma política financeira unificada sobre os riscos relacionados ao clima. Essa mudança levanta questões sobre o futuro da cooperação internacional em temas climáticos.
Os Estados Unidos retiraram-se de diversos grupos que exploravam como enchentes, incêndios florestais e mudanças nas políticas climáticas poderiam afetar a estabilidade financeira. Em seu plano de médio prazo, o Conselho de Estabilidade Financeira do G20 reafirmou o compromisso de aumentar a coordenação e o compartilhamento de dados sobre riscos financeiros relacionados ao clima. Apesar do progresso na integração dos riscos climáticos aos sistemas financeiros, alguns membros do G20, incluindo presidentes de bancos centrais e ministros, manifestaram interesse em suspender os esforços climáticos.
O conselho declarou que, embora muitos membros reconheçam a necessidade de mais ações, alguns acreditam que o trabalho realizado até o momento é suficiente. Em uma atualização do seu roteiro climático de 2021, entregue aos ministros das Finanças do G20 reunidos na África do Sul, o conselho indicou que determinará quais projetos serão realizados no futuro.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, não compareceu à reunião do G20. Os Estados Unidos devem presidir o grupo do G20, que ajudaram a fundar após a crise financeira global, no próximo ano. O conselho afirmou que continuará a considerar tópicos relacionados ao clima anualmente e se concentrará em coordenar o trabalho internacional sobre riscos climáticos.
O órgão de fiscalização informou que não planeja realizar trabalhos significativos sobre a integração dos riscos financeiros relacionados ao clima em suas atividades de supervisão e regulamentação. Muitas de suas instituições membros já estão trabalhando nesse tópico. O Plano climático do G20 enfrenta desafios significativos com divisões internas sobre a necessidade de ações adicionais.
Apesar dos compromissos iniciais, a pausa nos trabalhos de políticas adicionais e a retirada dos Estados Unidos de grupos chave indicam uma falta de consenso sobre como abordar os riscos financeiros relacionados ao clima. O foco contínuo na coordenação e no compartilhamento de dados sugere um esforço para manter algum nível de cooperação, mas a ausência de um plano abrangente pode limitar a eficácia das medidas futuras. As divisões internas e a falta de consenso podem dificultar a implementação de políticas financeiras coordenadas e eficazes.
Via Forbes Brasil
