Durante um encontro com representantes do setor varejista em São Paulo, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, anunciou que o Pix parcelado no Brasil será uma estratégia significativa para incentivar o crescimento do setor, mesmo em um cenário de juros elevados, que atualmente estão fixados em 14,75% ao ano. A nova funcionalidade dentro do sistema de pagamentos do Banco Central está programada para ser lançada em setembro.
Na reunião com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Galípolo abordou a situação econômica atual, o papel do Banco Central em relação ao Pix parcelado no Brasil e os desafios enfrentados na luta contra a inflação. O presidente do Banco Central destacou que o varejo tem sido um dos setores mais vocais em relação ao elevado nível da taxa Selic. O IDV, em nota, informou que Galípolo mencionou alternativas que poderiam se tornar mais eficazes na política econômica voltada para o varejo, sem a necessidade de alterar a Selic.
O Pix parcelado no Brasil facilitará a divisão de pagamentos em várias etapas, tornando possível que os consumidores realizem compras de forma mais acessível. Apesar dos altos índices de juros, Galípolo afirmou que a economia demonstra sinais de robustez. Ele reiterou que, apesar das questões referentes à taxa de juros, o país apresenta um dos menores índices de desemprego já registrados, com uma situação de pleno emprego.
Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV, afirmou que a instituição pretende criar um grupo de trabalho focado no Pix parcelado no Brasil para fornecer sugestões e colaborar com o Banco Central. O evento contou também com a presença de figuras proeminentes do varejo, como Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, e Flávio Rocha, da Riachuelo.
Além da implementação do Pix Parcelado, outra questão em pauta foi o lançamento do Pix Automático, programado para ocorrer em um evento em São Paulo nesta quarta-feira. Este evento reunirá empresários e líderes do setor, além de representantes de empresas que atuam com soluções de pagamento. A funcionalidade permitirá que consumidores autorizem pagamentos recorrentes diretamente pelo aplicativo dos bancos, ampliando as opções de pagamento para serviços como ligações telefônicas, assinaturas de streaming, mensalidades de escolas e contas de energia e água.
Essas mudanças visam oferecer alternativas ao débito automático e ao uso de cartões de crédito, aumentando assim a agilidade e praticidade nas transações financeiras.
Via Exame