General Atlantic injetará R$ 640 milhões na Starian, spinoff da Softplan

A General Atlantic investe R$ 640 milhões na Starian, impulsionando sua expansão em novos setores.
22/08/2025 às 12:23 | Atualizado há 3 dias
Investimento na Starian
A Starian, spinoff da Softplan, arrecada R$ 640 milhões com a General Atlantic. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

A General Atlantic realiza um investimento de R$ 640 milhões na Starian, uma empresa de softwares que surgiu como um spinoff da Softplan. O capital será utilizado para expandir seu alcance e realizar fusões e aquisições. Com este aporte, a Starian busca solidificar sua presença no mercado de softwares verticais.

A participação adquirida pela General Atlantic é significativa, mas o controle permanece nas mãos dos fundadores da Starian. A captação, com importantes componentes primários e secundários, reflete a confiança no potencial do setor privado. A Softplan, origem da Starian, ficou conhecida pela atuação em diversos segmentos, mas agora se concentra em suas operações principais.

A Starian prevê um faturamento de R$ 530 milhões este ano, um aumento de 34%. Com alta retenção de clientes e planos de expansão para setores como saúde e educação, a empresa se posiciona no topo do setor de SaaS global. A expectativa é que os novos recursos possam acelerar a estratégia de aquisições e diversificar suas operações.
A Investimento na Starian, empresa de softwares verticais resultante de um spinoff da Softplan, acaba de captar R$ 640 milhões em uma rodada liderada pela General Atlantic. O aporte financeiro visa impulsionar a expansão da empresa para novos setores, através de fusões e aquisições (M&A). Com essa injeção de capital, a Starian se prepara para solidificar sua posição no mercado de softwares.

A General Atlantic adquiriu uma participação minoritária relevante na empresa, mantendo o controle acionário com os fundadores Carlos de Matos, Ilson Stabile e Moacir Marafon. A captação foi primária em sua maior parte, contando também com um componente secundário. A Softplan, fundada há 34 anos em Florianópolis, atuava nos setores público e privado, decidindo no final do ano passado realizar o spinoff do seu braço de negócios voltado ao setor privado.

Segundo Ionan Fernandes, CEO da Starian, o setor privado apresenta maior potencial de escalabilidade e crescimento, justificando o spinoff. A Starian projeta faturar R$ 530 milhões este ano, representando um crescimento de 34% em relação ao ano anterior, com uma margem EBITDA de 22%. A divisão de softwares para o setor público, que permanece sob o nome Softplan, deve alcançar uma receita de R$ 470 milhões.

Os números da Starian a posicionam no top quartile global da “regra dos 40” do setor de SaaS, que avalia o desempenho de empresas de software combinando crescimento e margem EBITDA. A Starian alcança um índice de 56, superando a média de 45 das melhores empresas do mundo. O valuation da rodada não foi divulgado, mas a título de comparação, a TOTVS negocia na bolsa a aproximadamente 15 vezes o seu EBITDA estimado para 2026.

Até o momento, a Starian crescia com a geração de caixa e emissão de dívidas, tendo a Softplan captado R$ 250 milhões via debênture no ano passado, antes do spinoff. André Tavares, CFO da Starian, afirma que o plano é acelerar as aquisições com os novos recursos, mirando em transações de maior porte. A empresa busca capital para viabilizar sua tese em outras verticais, além das três em que já atua: construção civil, mercado de advocacia e eficiência operacional.

A estratégia da Starian é ingressar em setores com softwares de ponto de controle, que atuam no core do negócio, para posteriormente adquirir softwares adjacentes. O objetivo é oferecer um portfólio completo de softwares para empresas de diversos setores. Na construção civil, a Starian começou com software de ERP e expandiu para CRM, gestão de vendas, planejamento de obras e cotação de produtos. No setor de advocacia, iniciou com o controle de contratos e adicionou softwares para contencioso, resolução de conflitos e peticionamento.

De acordo com o CEO, esse modelo de negócio gera alta retenção de clientes. A integração de um segundo software reduz em cinco vezes o cancelamento, e em clientes com mais de três softwares, o churn é praticamente inexistente. Ionan Fernandes revelou que a Starian avalia os mercados de saúde, viagens, agronegócio, energia e educação para futuras expansões, buscando setores menos explorados pela tecnologia e com menor competição.

O processo de captação da Starian, assessorado pelo Bank of America, envolveu mais de 15 investidores, incluindo fundos globais de software, fundos brasileiros de private equity e fundos de growth equity como a GA. A escolha da General Atlantic, segundo Ionan, considerou a experiência e o conhecimento da GA na execução dessa tese, com investimentos em empresas similares em todo o mundo. A expectativa é que a GA agregue valor ao negócio da Starian.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.