Geoffrey Hinton alerta sobre futuro da IA e seu controle

Hinton discute o futuro da inteligência artificial e a necessidade de cuidar da humanidade.
13/08/2025 às 13:24 | Atualizado há 23 horas
Geoffrey Hinton e IA
Inteligência artificial avançada pode surgir em breve; é crucial que se importe com nossa sobrevivência. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Geoffrey Hinton, especialista em IA, compartilha suas preocupações sobre o avanço da tecnologia. Ele sugere que a inteligência artificial pode superar os humanos mais rapidamente do que se imagina. Durante uma conferência, Hinton revelou que as expectativas sobre a Inteligência Artificial Geral (AGI) mudaram, agora podendo surgir em menos de uma década.

O foco agora é garantir que a IA esteja alinhada com os interesses humanos, em vez de simplesmente dominá-los. Hinton sugere que as máquinas devem ser desenvolvidas para cuidar da humanidade, como uma figura materna. Essa abordagem transformaria a relação entre humanos e máquinas, promovendo um cuidado mútuo e essencial para a sobrevivência da espécie.

Apesar das incertezas e da competição global, Hinton aposta na necessidade de cooperação entre nações no desenvolvimento de IA segura. O desafio é garantir que essas tecnologias avancem de maneira que priorizem o bem-estar humano, não apenas a inteligência em si. Se conseguir estabelecer essa conexão, acreditam que a humanidade pode prosperar sob a proteção de suas criações.
“`html

Geoffrey Hinton e IA: Uma reflexão urgente sobre o futuro da inteligência artificial. Em uma recente conferência, o renomado especialista em IA, Geoffrey Hinton, expressou preocupações sobre o rápido avanço das máquinas e a necessidade da humanidade se preparar para um futuro onde a inteligência artificial possa superar a nossa.

Durante a conferência AI4 em Las Vegas, Hinton compartilhou sua mudança de perspectiva sobre o prazo em que a Inteligência Artificial Geral (AGI) poderá ser alcançada. Anteriormente, ele estimava um período de 30 a 50 anos, mas agora acredita que a AGI pode chegar em menos de uma década.

Essa nova estimativa levanta questões sobre o controle humano sobre a IA. Hinton questiona a viabilidade de manter o domínio sobre sistemas que podem se tornar muito mais inteligentes que nós. Ele usa uma analogia interessante, comparando a situação a um jardim de infância onde as crianças de três anos, caso fossem mais inteligentes, não teriam dificuldades em lidar com os adultos responsáveis.

Diante desse cenário, Hinton propõe uma abordagem diferente: em vez de lutar pelo controle, ele sugere que devemos nos concentrar em criar uma IA que cuide de nós. Ele faz uma analogia com a relação entre mãe e filho, onde o mais forte se dedica a proteger o mais fraco.

Hinton defende a criação de “mães IA” em vez de assistentes de IA. A diferença crucial é que um assistente pode ser demitido, enquanto uma mãe tem um compromisso natural com a sobrevivência de seu filho. Essa abordagem envolveria a incorporação de “instintos maternos” em sistemas avançados, um impulso inato para proteger a vida humana.

Ele reconhece que ainda não sabe como alcançar esse objetivo, mas insiste que é uma prioridade de pesquisa tão importante quanto aumentar a inteligência pura. Hinton enfatiza que não se trata apenas de tornar os sistemas mais inteligentes, mas sim de garantir que eles se importem conosco.

Hinton acredita que essa pode ser uma das poucas áreas em que os países realmente cooperam, pois nenhuma nação deseja ser governada por suas próprias máquinas. No entanto, ele duvida que essa cooperação dure muito tempo, dada a intensa competição na área de IA, especialmente entre os Estados Unidos e a China.

Ainda assim, ele vislumbra a possibilidade de acordos para limitar aplicações perigosas da biotecnologia e encontrar maneiras de coexistir com sistemas mais poderosos. Hinton argumenta que a capacidade da IA de compartilhar instantaneamente o que aprendeu com milhares de cópias pode permitir que ela supere o progresso humano por amplas margens.

Questionado sobre a eficácia das regulamentações, Hinton é direto: “Se as regulamentações disserem que você não deve desenvolver IA, isso não vai acontecer”. Ele apoia medidas de segurança específicas, mas acredita que pausas drásticas são irrealistas.

Apesar dos alertas, Hinton mantém um otimismo cauteloso. Ele vê a área da saúde como um campo promissor para a IA, com potencial para oferecer diagnósticos mais rápidos, medicamentos mais precisos e tratamentos personalizados para cada paciente.

Sobre a possibilidade de eliminar completamente o envelhecimento, Hinton se mostra cético: “Viver para sempre seria um erro grave. Você quer que o mundo seja governado por homens brancos de 200 anos?”.

Ainda assim, ele retorna à sua ideia central: se conseguirmos desenvolver uma IA que realmente se importe com seus “filhos” humanos, a espécie poderá não apenas sobreviver à superinteligência, mas também prosperar sob sua proteção. “Seria maravilhoso se conseguíssemos fazê-la funcionar”, conclui Hinton.

Os comentários de Geoffrey Hinton e IA reacendem o debate sobre o futuro da inteligência artificial e a necessidade de repensarmos nossa abordagem em relação a essa tecnologia. A mensagem central é clara: não basta apenas criar máquinas inteligentes, precisamos garantir que elas se importem conosco e queiram o nosso bem.

Via Forbes Brasil
“`

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.