Gestores de Fundos Alertam para Alta da Dívida Pública

Gestores de investimentos destacam risco de explosão da dívida pública. Conheça as projeções para os próximos anos.
18/08/2025 às 17:41 | Atualizado há 5 dias
Explosão da dívida pública
Gestores sinalizam riscos crescentes na dívida pública para 2025 e 2026. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Gestores de fundos de investimento expressam preocupações sobre a crescente dívida pública no Brasil. Projeções para 2025 e 2026 indicam um aumento contínuo nos gastos governamentais, levantando questões sobre a sustentabilidade fiscal do país.

Rogério Xavier, da SPX Capital, observa que a tendência de crescimento da dívida tem causado incertezas. Ele enfatiza a necessidade de reformas urgentes, como a desvinculação do salário-mínimo da Previdência, para controlar os gastos públicos e estabilizar a economia.

Durante o painel sobre perspectivas financeiras, especialistas concordam que o cenário eleitoral pode influenciar as decisões fiscais. Apesar das incertezas, há uma expectativa de que reformas sejam implementadas para mitigar os riscos e garantir a sustentabilidade econômica do Brasil.
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Gestores de fundos de investimento estão cada vez mais preocupados com o potencial de explosão da dívida pública nos próximos anos. As projeções econômicas para 2025 e 2026 indicam um aumento contínuo da dívida, impulsionado pelos elevados gastos governamentais nos primeiros anos do atual governo. Essa situação levanta dúvidas sobre a sustentabilidade fiscal do país e a necessidade de reformas urgentes.

Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital, ressalta que todas as projeções apontam para um crescimento da dívida pública. Ele questiona se o padrão de gastos se manterá ou se haverá restrições em 2026, ano de eleições presidenciais. Para Xavier, a prioridade é conter o crescimento da dívida, vista como a “bússola” do Brasil.

Durante o painel “Gestores de fundos discutem perspectivas e estratégias para 2025 e 2026”, Xavier, juntamente com Bruno Cordeiro, da Kapitalo Investimentos, e Felipe Guerra, da Legacy Capital, discutiram estratégias para os próximos anos. Eles concordam que reformas são essenciais e urgentes, como a desvinculação do salário-mínimo da Previdência e a reformulação do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Xavier enfatiza que é crucial endereçar a questão do gasto público. A estabilização da dívida é um objetivo fundamental, mesmo que não se consiga uma inversão imediata. O governo atual, segundo ele, começou com um gasto de R$ 200 bilhões, um cenário atípico que preocupa o mercado, especialmente em ano de eleição.

As eleições de 2026 trazem consigo a expectativa de que uma alternância no poder possa ser positiva para o encaminhamento fiscal e a implementação de reformas. Bruno Cordeiro acredita que o Brasil está vulnerável até as eleições devido ao crescimento contínuo dos gastos públicos e ao alto nível da dívida. Ele questiona a capacidade de pagamento do país nesse cenário.

Cordeiro também destaca que a desaceleração da inflação está ligada ao cenário externo, e não a medidas do governo. Ele critica a condução da dívida, o parafiscal e os resultados das estatais. Apesar disso, ele vê um outlook positivo para economias emergentes, impulsionado por cenários internacionais favoráveis.

As perspectivas para 2026 incluem incertezas sobre o impacto de tarifas, mas também a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve e resultados positivos na inflação dos EUA, Europa e China. Esse cenário global pode beneficiar o Brasil, embora a volatilidade das eleições continue sendo um fator de preocupação. É crucial que o país evite “escorregar na casca de banana” para aproveitar as oportunidades.

No âmbito eleitoral, existe uma crença no mercado de que a alternância de poder pode trazer efeitos positivos, principalmente no que se refere ao encaminhamento fiscal.

O debate sobre a explosão da dívida pública ressalta a importância de medidas que garantam a sustentabilidade econômica do país a longo prazo, mesmo diante de um cenário global complexo e eleições no horizonte.

Via InfoMoney
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.