Gleisi Hoffmann é nomeada ministra da articulação política do governo Lula

Gleisi Hoffmann ministra SRI: saiba mais sobre sua nomeação para a Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula e os desafios que a aguardam. Confira!
28/02/2025 às 15:19 | Atualizado há 4 meses
Gleisi Hoffmann ministra SRI
Gleisi Hoffmann é a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula. (Imagem/Reprodução: Eshoje)

O governo Lula (PT) oficializou a nomeação de Gleisi Hoffmann ministra SRI como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) nesta sexta-feira (28). A presidente do PT assume o posto antes ocupado por Alexandre Padilha, que agora lidera o Ministério da Saúde em substituição a Nísia Trindade. A cerimônia de posse da nova ministra está agendada para o dia 10 de março.

Segundo informações de bastidores, o presidente Lula expressou preocupação com a ausência de debates políticos mais intensos na relação com o Congresso Nacional. Durante as discussões sobre a sucessão na SRI, Lula enfatizou que a escolha de Gleisi representa uma oportunidade para que ela demonstre suas habilidades de articulação política.

Lula também destacou que a decisão de nomear Gleisi Hoffmann ministra SRI é um reconhecimento ao seu trabalho à frente do Partido dos Trabalhadores desde 2017. A SRI desempenha um papel crucial na coordenação das relações entre o Poder Executivo e o Legislativo, e a pasta ficará disponível com a transferência de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde.

Em conversas com aliados, Lula recordou que a deputada desempenhou um papel importante na construção de palanques durante as eleições presidenciais de 2018 e 2022, estabelecendo diálogo com todos os partidos que integraram a aliança em torno de sua candidatura.

O presidente também enfatizou o bom relacionamento de Gleisi Hoffmann ministra SRI com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). De acordo com fontes próximas ao presidente, Lula já havia manifestado interesse em indicar Gleisi para a função, e reforçou essa intenção ao convidá-la para a viagem ao Uruguai e ao expressar a necessidade de uma postura mais incisiva na política.

Durante seu discurso na festa de aniversário do PT, Lula elogiou a capacidade de negociação de Gleisi Hoffmann ministra SRI, destacando que essa habilidade demonstra sua abertura política. Em 2022, após sua eleição, Lula já havia feito um discurso semelhante durante um jantar na residência oficial do presidente do Senado, questionando quais senadores presentes nunca haviam conversado com Gleisi, com o objetivo de evidenciar seu alcance. Naquele ano, ela coordenou a campanha de Lula e a transição de governo.

Em 2018, Gleisi Hoffmann ministra SRI atuou para garantir a neutralidade do PSB na disputa presidencial, impedindo que o partido se aliasse a Ciro Gomes (PDT). Após a eleição de Jair Bolsonaro (PL), ela desempenhou um papel na reconstrução do campo de esquerda para formar uma frente de oposição.

Além de sua atuação na articulação da aliança em 2022, defensores de Gleisi Hoffmann ministra SRI ressaltam que, sob sua liderança, o PT aprovou com 84% dos votos o nome de Geraldo Alckmin (PSB) como vice de Lula. A expectativa é que, na SRI, ela se dedique a construir uma aliança em torno de Lula para as eleições de 2026.

Apesar dos elogios de Lula, aliados interpretaram esses sinais como uma confirmação de que ele não havia desistido de nomeá-la para a SRI, mesmo tendo recebido conselhos para escolher um nome com maior habilidade de articulação no Congresso Nacional.

Antes mesmo do anúncio oficial de Lula, a nomeação de Gleisi Hoffmann ministra SRI já havia gerado desconforto entre ministros do PT e de partidos da base aliada. A cúpula da Câmara está trabalhando para indicar o líder do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), para o cargo.

O ministro Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), deputado licenciado pelo Republicanos, e Motta comunicaram ao presidente a preferência dos dirigentes partidários por Isnaldo. Silvio Costa Filho chegou a ser considerado para a função, contando com a confiança de Lula. No entanto, aliados do petista afirmam que seria difícil transferi-lo do cargo que ocupa atualmente devido à resistência do Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (SP).

Essa hesitação de partidos aliados em se comprometerem com o governo, a ponto de ingressarem no Palácio do Planalto, é apontada como um dos motivos pelos quais Lula estaria buscando uma alternativa dentro de sua base. Recentemente, Lula declarou ter demitido a socióloga Nísia da Saúde por desejar “mais agressividade”.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.