Em um movimento estratégico para acompanhar as tendências do mercado de inteligência artificial, o Google (GOGL34) revelou seu mais recente Chip de IA, focado em otimizar os processos de inferência. A novidade, embora prometa reduzir os custos operacionais, não diminui o ímpeto da empresa em investir massivamente em sua infraestrutura.
Sundar Pichai, CEO do Google, anunciou durante o evento Google Cloud Next 25′ em Las Vegas, que a empresa planeja um investimento de US$ 75 bilhões em infraestrutura para 2025. Esse aporte financeiro demonstra o compromisso do Google com o desenvolvimento de tecnologias de ponta e a expansão de sua capacidade de processamento.
O novo chip, denominado Ironwood, representa a primeira Unidade de Processamento de Tensor (TPU) do Google desenvolvida especificamente para inferência. A inferência, neste contexto, refere-se à capacidade dos modelos de inteligência artificial já treinados de reagir a comandos, oferecendo respostas rápidas em chats de IA ou executando ações solicitadas por assistentes virtuais.
Clientes do Google Cloud terão à disposição duas opções de capacidade computacional baseadas no Ironwood: 256 chips e 9.216 chips. Segundo o Google, o novo chip oferece um desempenho superior, com uma performance 3 mil vezes maior em relação ao TPU lançado em 2018, e uma eficiência energética 29 vezes maior.
Os investimentos em infraestrutura de data centers têm gerado debates entre investidores sobre o retorno financeiro dessas aplicações, especialmente em um momento em que as big techs buscam expandir seu poder computacional. O novo Chip de IA do Google, Ironwood, representa um passo importante na direção da “era da inferência”, onde agentes de IA generativa reagem de forma proativa, criando dados para entregar respostas e ideias colaborativas.
Analistas do Morgan Stanley preveem que 75% da demanda computacional e de energia dos data centers nos próximos anos estará focada em inferência, o que justifica o desenvolvimento de chips especializados por empresas como Google Cloud e AWS da Amazon, buscando competir com a Nvidia nesse mercado.
Via InfoMoney