Na última quinta-feira (9), o Google Cloud na IA revelou suas mais recentes inovações em infraestrutura, inteligência artificial e cibersegurança. O anúncio ocorreu durante uma conferência em Las Vegas, onde foram apresentados casos de uso de empresas globais, incluindo exemplos brasileiros. A meta do Google Cloud para 2025 é consolidar a IA como um motor chave para os negócios em escala mundial.
Sundar Pichai, CEO do Google, destacou o investimento contínuo em IA, com um plano de alocar aproximadamente US$ 75 bilhões de 2020 a 2025. Esse montante será destinado a servidores, data centers e infraestrutura de energia, elementos cruciais para suportar as operações de computação e cloud da empresa.
Entre os destaques do evento, estão os novos chips projetados para alimentar supercomputadores e IAs mais robustas. Além disso, foi apresentada uma versão atualizada do AlphaFold, uma plataforma inovadora para a criação de agentes, e um ambiente para desenvolver conteúdos multimodais, abrangendo imagens, vídeos, áudios e, pela primeira vez, música.
O Google Workspace também recebeu novas funcionalidades, como a criação de “podcasts” a partir de documentos e automações para simplificar tarefas repetitivas do dia a dia. A empresa busca se posicionar como o principal ponto de apoio para empresas globais que buscam avançar na área da IA.
Para alcançar esse objetivo, o Google se uniu a outras grandes empresas de tecnologia, como Oracle, Meta, Nvidia, SAP e Salesforce. O objetivo é oferecer soluções completas que vão desde a infraestrutura física, como cabos e data centers, até a criação de videoclipes e agentes capazes de interpretar emoções.
Jensen Huang, CEO da Nvidia, ressaltou a forte parceria entre sua empresa e o Google, mencionando que ela abrange todas as camadas da computação. Ele anunciou o Google Distributed Cloud, que visa levar a IA de ponta para diversos setores e países, inclusive aqueles com regulamentações mais rigorosas. A proposta é que o Google Cloud leve a inteligência artificial até onde a nuvem tradicional não pode chegar.
Exemplos práticos de aplicações para empresas brasileiras incluem a gestão de imagens médicas via IA para a Dasa, que resultou em uma economia de R$ 7 milhões e na aceleração de diagnósticos. Outro caso é o sistema de recomendação para o GloboPlay, desenvolvido com o Vertex AI, que dobrou o engajamento da plataforma.
Empresas globais como Mattel, McDonald’s, L’Oréal e Deutsche Bank também apresentaram suas implementações durante o evento em Las Vegas. O banco alemão, por exemplo, utiliza o NotebookLM para analisar extensos documentos e fornecer resumos rápidos aos seus clientes, enquanto a L’Oréal utiliza o Vertex AI para gerar imagens para suas campanhas de marketing.
As principais novidades incluem os TPUs Ironwood de sétima geração, que alimentam o AI Hypercomputer do Google Cloud, um sistema de supercomputação projetado para facilitar a implantação de IA e otimizar custos. O novo TPU oferece um desempenho 3.600 vezes superior ao primeiro dispositivo da empresa.
O Google DeepMind e o Google Research apresentaram o AlphaFold 3, disponível para uso não comercial para facilitar a compreensão de estruturas proteicas complexas, e o WeatherNext, um modelo para previsão meteorológica acessível. Ambos estão disponíveis no Vertex AI Model Garden.
Além do Gemini 2.5 Pro, já disponível, os clientes do Google Cloud também terão acesso à versão Flash para uso diário. O Vertex AI oferece novos recursos para a criação de agentes de IA, como o Agent Development Kit e o Agent Garden, que fornecem diversas ferramentas e conectores pré-construídos.
Durante o Next ‘25, também foi anunciada a disponibilidade de modelos de mídia generativa atualizados, incluindo a geração de imagens com o d Imagen 3, áudio com o Chirp 3, música com a Lyria e vídeo com o Veo2.
Via Forbes Brasil