Venda do navegador: dona do ChatGPT manifesta interesse em adquirir o Chrome

Durante o julgamento do Google, a empresa dona do ChatGPT expressa interesse na compra do navegador Chrome.
22/04/2025 às 20:02 | Atualizado há 2 meses
Venda do navegador
Governo dos EUA defende venda do navegador por acusações de monopólio do Google. (Imagem/Reprodução: G1)

A venda do navegador Chrome, pertencente ao Google, emergiu como ponto central no julgamento antitruste contra a gigante da tecnologia nos Estados Unidos. Autoridades governamentais defendem a medida como forma de mitigar o alegado monopólio do Google no mercado de buscas, com a OpenAI, dona do ChatGPT, demonstrando interesse na aquisição.

O debate sobre a venda do navegador ganhou destaque durante o julgamento, com o diretor de produto do ChatGPT, Nick Turley, testemunhando a favor da acusação. O Departamento de Justiça dos EUA alega que o Google violou leis de concorrência, e a possível alienação do Chrome é vista como um remédio para restaurar um mercado mais competitivo.

Em agosto do ano anterior, o juiz Amit Mehta já havia determinado que o Google infringiu as leis antitruste, e o atual estágio do processo se concentra nas medidas corretivas a serem aplicadas. A venda do navegador é uma das opções em consideração, podendo levar a um desmembramento da empresa.

Apesar da pressão, o Google manifestou sua intenção de manter o Chrome sob seu controle e planeja recorrer de qualquer decisão que force a venda do navegador. A empresa argumenta que a separação do Chrome não resolveria as questões de concorrência levantadas e que o navegador é fundamental para sua estratégia de negócios.

A posição do governo americano, no entanto, é que a venda do navegador Chrome criaria um cenário mais equitativo, permitindo que outras empresas competissem de forma mais justa no mercado de buscas. A OpenAI, com seu interesse declarado, poderia ser uma potencial compradora, trazendo novas dinâmicas ao setor.

A decisão final sobre as medidas a serem tomadas está nas mãos do juiz Amit Mehta, que avaliará os argumentos de ambas as partes e determinará o futuro do Chrome e sua relação com o Google. O caso tem implicações significativas para o mercado de tecnologia e pode redefinir a forma como as grandes empresas operam e competem.

A controvérsia em torno da venda do navegador Chrome sublinha as tensões entre as empresas de tecnologia e os órgãos reguladores, que buscam garantir a concorrência justa e a proteção dos consumidores. O resultado deste julgamento poderá servir de precedente para outros casos semelhantes no futuro.

Via G1

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.