O Julgamento do Google por suposto monopólio nas buscas online teve início, com o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) buscando o desmembramento da gigante tecnológica. Acusações de concorrência desleal já resultaram em uma derrota recente para o Google em outro caso de publicidade. O processo pode forçar a venda do navegador Chrome e de partes da plataforma de anúncios, visando restaurar a competitividade no mercado.
O processo antitruste, que começou em 2020, é liderado pelo DOJ e uma coalizão de procuradores de 38 estados. O juiz distrital Amit Mehta conduzirá o julgamento em Washington, com duração prevista de três semanas. Testemunhas de acusação incluem representantes da OpenAI e Perplexity, empresas de inteligência artificial.
O DOJ busca medidas rigorosas para impedir que o Google use IA para expandir seu domínio nas buscas. Entre as propostas, está o fim dos acordos exclusivos que garantem ao Google ser o mecanismo de busca padrão em dispositivos Apple, além do licenciamento de resultados de pesquisa para concorrentes e, potencialmente, a venda do sistema Android.
O Google se defende, argumentando que as medidas propostas pelo DOJ prejudicariam a inovação americana. A empresa afirma que seus produtos de IA estão fora do escopo do caso, que se concentra nos mecanismos de busca. Lee-Anne Mulholland, executiva do Google, enfatizou que a Suprema Corte dos EUA recomenda cautela em casos antitruste.
A decisão judicial terá um impacto significativo no futuro da concorrência no setor de tecnologia. O Julgamento do Google pode redefinir a forma como as empresas de tecnologia operam e competem no mercado de buscas online e publicidade digital.
Via G1