O governo brasileiro ampliou o Plano Brasil Soberano para oferecer suporte financeiro a empresas afetadas por tarifas impostas pelos Estados Unidos. A medida flexibiliza os critérios para que mais negócios tenham acesso às linhas de crédito.
Empresas com pelo menos 1% do faturamento voltado às exportações para os EUA entre julho de 2024 e junho de 2025 podem solicitar ajuda, incluindo fornecedores de exportadores. O programa disponibiliza R$ 30 bilhões em crédito pelo BNDES, visando fortalecer a cadeia produtiva.
Além disso, o governo mantém negociações com os EUA para definir as condições das linhas de crédito. A iniciativa objetiva minimizar os efeitos das tarifas e fortalecer as relações comerciais bilaterais.
O governo brasileiro, através dos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), anunciou a ampliação do Plano Brasil Soberano. A medida, formalizada pela Portaria 21, visa oferecer suporte financeiro às empresas afetadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, estendendo o acesso ao programa para um número maior de negócios.
A nova regra estabelece que empresas com, no mínimo, 1% do faturamento proveniente de exportações para os Estados Unidos, entre julho de 2024 e junho de 2025, e que tenham sido impactadas pelas tarifas, poderão solicitar apoio financeiro. Anteriormente, o critério exigia que as empresas comprovassem um impacto de, no mínimo, 5% no faturamento bruto das exportações para acessar as linhas de financiamento emergencial.
As linhas de crédito disponibilizadas somam R$ 30 bilhões e são operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As autoridades brasileiras e norte-americanas continuam em negociação para definir as taxas aplicadas a essas linhas de crédito, buscando um acordo que beneficie ambos os países.
O vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, destacou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva permanece atento às necessidades do setor produtivo durante as negociações com os EUA. A ampliação do critério de faturamento e o aumento da abrangência setorial, incluindo fornecedores, demonstram o compromisso do governo em apoiar as empresas brasileiras.
A Portaria 21 também expande o tipo de empresa elegível para o apoio financeiro. Agora, empresas que fornecem produtos ou serviços para exportadores também podem buscar o auxílio, desde que o impacto no faturamento bruto seja de, no mínimo, 1%. Essa medida visa fortalecer toda a cadeia produtiva e garantir que um número maior de empresas possa superar as dificuldades impostas pelas tarifas.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, no Canadá, à margem da reunião do G7. Durante o encontro, eles discutiram o andamento das negociações bilaterais envolvendo tarifas comerciais. Mauro Vieira informou que o Brasil encaminhou uma proposta de negociação aos Estados Unidos em 4 de novembro, após uma reunião virtual entre as equipes técnicas dos dois países.
O Plano Brasil Soberano demonstra o esforço do governo brasileiro em mitigar os efeitos das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, oferecendo suporte financeiro e ampliando o acesso ao crédito para um número maior de empresas. As negociações em curso com o governo norte-americano visam alcançar um acordo que beneficie ambos os países e fortaleça as relações comerciais bilaterais.
Via Money Times