O governo brasileiro está se preparando para implementar um pacote de ações visando mitigar os impactos das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos. O anúncio oficial deve ocorrer até a próxima terça-feira, com medidas focadas em setores estratégicos como agricultura e indústria. As primeiras ações serão apresentadas em breve, enquanto o governo avalia a melhor maneira de ajudar as empresas afetadas.
As estratégias incluem linhas de crédito emergenciais, adiamento de impostos e programas de compras governamentais para apoiar setores que mais sofrem com a taxação. O foco será em empresas que dependem do mercado americano, priorizando aquelas que exportam a maior parte de sua produção. O governo busca um equilíbrio entre proteção econômica e manutenção de relações comerciais saudáveis com os EUA.
O plano visa não apenas ajudar a economia, mas também preservar empregos em segmentos vulneráveis. Análises criteriosas garantirão que apenas as empresas realmente afetadas tenham acesso ao suporte. Mais de 7.700 itens estão na lista de produtos atingidos, e o governo pretende uma resposta gradual às restrições comerciais.
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O governo brasileiro está preparando um conjunto de ações para mitigar os efeitos das tarifas de 50% que os Estados Unidos impuseram a diversos produtos do Brasil. Embora o país tenha conseguido algumas isenções durante o governo Trump, os produtos restantes serão taxados com a maior alíquota existente.
Espera-se que o anúncio oficial ocorra até a próxima terça-feira (12), conforme informado pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin. O plano já foi apresentado ao presidente e aguarda a aprovação final para ser implementado.
A estratégia será implementada em etapas, priorizando os setores mais vulneráveis e com menor capacidade de absorver perdas, como os produtores de alimentos perecíveis e as empresas que dependem fortemente do mercado americano. Alckmin mencionou que haverá critérios específicos para diferenciar o apoio, com prioridade para os setores que exportam 50% ou mais de sua produção para os EUA, enquanto aqueles com maior foco no mercado interno receberão menos benefícios.
Entre as medidas em estudo, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo e a GloboNews, estão a criação de linhas de crédito emergenciais com prazos estendidos e juros reduzidos, especialmente através do BNDES. Também estão sendo considerados programas de compras governamentais para absorver produtos que perderam espaço no mercado americano, além do adiantamento de créditos tributários para fortalecer o caixa das empresas.
Outras ações em análise incluem o adiamento temporário de impostos federais, com a retomada da cobrança antes do final do ano, e medidas para preservar empregos, como a reativação de programas de manutenção de postos de trabalho.
O plano também poderá incluir ações de reciprocidade baseadas na Lei da Reciprocidade, caso as negociações com Washington não avancem. Essa lei permite retaliar restrições impostas ao Brasil, inclusive em áreas estratégicas como medicamentos e energia.
Alckmin enfatizou que, mesmo dentro de um mesmo segmento, haverá diferenças na aplicação das medidas. No setor pesqueiro, por exemplo, a tilápia tem um consumo majoritariamente interno, enquanto o atum é quase totalmente voltado para a exportação. Ele explicou que, dentro de um mesmo setor, pode haver diferenciação entre quem exporta mais e quem exporta menos.
Os setores exportadores do país mais afetados pelas tarifas de Trump incluem a agropecuária, com 25% de participação nas exportações para os EUA, a indústria de transformação, com 40%, a mineração e metalurgia, com 15%, e a energia e derivados, com 10%. Os demais setores representam 10%.
A GloboNews informa que a definição das empresas beneficiadas será feita de forma criteriosa. Lula solicitou uma análise “CNPJ por CNPJ” para evitar que empresas não afetadas pelo tarifaço se beneficiem indevidamente, como ocorreu em programas emergenciais anteriores, como o Perse.
O pacote deverá ser anunciado de forma gradual: a primeira leva de medidas já na próxima semana e, posteriormente, ajustes de médio e longo prazo conforme o Impacto do tarifaço de Trump se torne mais claro. Mais de 7.700 itens brasileiros, que representam cerca de 40% das exportações para os EUA, estão na lista dos produtos atingidos.
O Palácio do Planalto avalia que uma resposta gradual pode evitar o aumento da tensão comercial com Washington, enquanto as medidas internas ajudam a manter empregos e atenuar os prejuízos imediatos.
A definição precisa de quais empresas receberão apoio será rigorosa, com análise individualizada para evitar desvios como os observados no programa emergencial Perse. O governo busca, com essa estratégia, equilibrar a proteção dos setores mais afetados e a manutenção de um bom relacionamento comercial com os Estados Unidos.
Via InfoMoney
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