O GP da F1 em São Paulo, marcado para novembro de 2025 em Interlagos, deve movimentar R$ 2,2 bilhões na economia local, superando o ano anterior. O evento espera cerca de 300 mil espectadores, com expressiva participação de turistas internacionais.
A corrida gera impacto financeiro e turístico significativo, gerando mais de 20 mil empregos e aumento no faturamento de bares e restaurantes na região. Investimentos modernos foram feitos no autódromo para garantir o sucesso do evento.
O evento é a única etapa de Fórmula 1 na América do Sul e atrai público jovem e diversificado. A segurança e serviços foram reforçados para atender à demanda, reforçando a importância econômica, cultural e social do GP para São Paulo.
O GP da F1 em São Paulo, agendado para 7 a 9 de novembro de 2025 no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, promete agitar a economia local. Dados da SPTuris indicam um impacto econômico estimado de R$ 2,2 bilhões, superando os R$ 1,96 bilhão movimentados no ano anterior. O evento marca também o retorno de Gabriel Bortoleto, da equipe Sauber, ao grid de largada.
O impacto financeiro do GP da F1 é notável, com a movimentação de bilhões de reais. Para efeito de comparação, o GP de Miami gerou mais de US$ 1 bilhão em impacto econômico direto e indireto nos seus três primeiros anos. Já o GP de Monza, na Itália, arrecadou mais de € 339 milhões em 2025.
A capital paulista se prepara para receber um público massivo para o GP da F1. No ano anterior, cerca de 292 mil pessoas circularam por Interlagos durante os três dias de evento, estabelecendo um novo recorde de público. Para este ano, a expectativa é de receber cerca de 300 mil espectadores, com aproximadamente 15% vindos de outros países.
O aumento no fluxo de visitantes é significativo, com um crescimento de quase 120% em dez anos, passando de 133.109 em 2014 para 291.717 em 2024. Desde 2022, a cidade tem arrecadado mais de R$ 1 bilhão anualmente com o evento. Além disso, a prefeitura de São Paulo estima que a corrida gere mais de 20 mil empregos diretos e indiretos.
O CEO do GP São Paulo, Allan Adler, ressalta a importância do evento como vitrine para o Brasil, com transmissão para mais de 170 países. Allan destaca que o impacto do GP da F1 vai além da corrida, abrangendo aspectos turísticos, culturais e econômicos.
A relevância econômica da corrida é impulsionada pela paixão dos fãs brasileiros e por ser a única etapa da F1 na América do Sul. A organização do GP anunciou a venda de um lote extra de ingressos, que se esgotou rapidamente com mais de 30 mil pessoas na fila.
O câmbio favorável também atrai turistas de diversas partes do mundo, como Europa e Estados Unidos, que veem no GP de São Paulo uma oportunidade de participar do evento a preços relativamente mais acessíveis.
As regiões de Itaim Bibi, Jardins e Interlagos são as mais impactadas pelo GP da F1 em São Paulo. Bares e restaurantes relatam um aumento de 30% no faturamento durante o fim de semana da corrida, em comparação com um fim de semana comum. Durante a semana, o aumento é mais moderado, cerca de 10%, conforme aponta Joaquim Saraiva, da Abrasel de São Paulo.
A AbraselSP prevê um crescimento de 25% no faturamento de bares e restaurantes da região, com um aumento de 10% no ticket médio. Os estabelecimentos se preparam com contratações temporárias e horários de funcionamento estendidos.
Os gastos por turista também aumentaram significativamente, passando de R$ 930 por pessoa em 2004 para mais de R$ 4,6 mil no ano passado, segundo dados da SPTuris. Outro fator relevante é a mudança no perfil do público, com um aumento na presença de jovens.
Dados da prefeitura mostram que, embora o público predominante ainda seja da faixa dos 30 aos 39 anos, há um aumento tanto de pessoas acima dos 50 anos quanto de jovens. Em 2024, o grupo de 25 a 29 anos representava quase 24% dos espectadores, e somado aos de 18 a 24 anos, ultrapassa 40%.
O autódromo de Interlagos recebeu cerca de R$ 500 milhões em investimentos da prefeitura e de recursos privados, destinados à modernização da pista, das instalações e da segurança. As melhorias incluem a instalação de redes de esgoto e água, acessibilidade, iluminação e segurança, além de reformas em áreas utilizadas pelas equipes e pelo público.
O GP da F1 contará com o apoio de 2.500 funcionários contratados com a intermediação do Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo da Prefeitura de São Paulo. As medidas de segurança foram reforçadas com 135 câmeras de monitoramento e ações de combate ao assédio em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.
Via Forbes Brasil
