A possibilidade da Gripe aviária transmissão pelo ar é uma preocupação crescente entre cientistas. A experiência com a pandemia de Covid-19 mostrou a importância de entender a transmissão aérea de doenças. A rápida disseminação da Covid-19 destacou a necessidade de vigilância constante sobre outros vírus com potencial pandêmico, como a gripe aviária H5N1.
Em 2024, o CDC registrou 66 casos de H5N1 nos Estados Unidos. A infecção ocorreu principalmente pelo contato com aves contaminadas. No entanto, um incidente envolvendo vacas infectadas levantou a hipótese de transmissão indireta para humanos, possivelmente por gotículas de equipamentos de ordenha.
A influenza aviária H5N1, desde sua detecção em 1996, infectou milhões de aves e causou doenças graves, até fatais, em humanos. A transmissão direta entre pessoas, porém, permaneceu limitada. O potencial de uma pandemia de Gripe aviária transmissão pelo ar é considerado alto, caso o vírus sofra mutações que facilitem a sua propagação pelo ar.
Estudos com furões demonstraram que mutações no H5N1 podem torná-lo aerotransportado. Em experimentos controlados, o vírus geneticamente modificado se espalhou pelo ar entre gaiolas. Isso aponta para a possibilidade de Gripe aviária transmissão pelo ar em ambientes fechados, como hospitais e restaurantes. A pesquisa, iniciada em 2012, gerou debate ético sobre a manipulação de vírus.
Pesquisas indicam que mutações podem tornar os vírus mais estáveis no ar, permitindo a sua inalação e replicação no trato respiratório superior. Apesar da dificuldade de rastrear a transmissão aérea em humanos, estudos com estudantes universitários griposos mostraram que 39% das gotículas expelidas continham vírus viáveis. A Gripe aviária transmissão pelo ar continua sendo investigada.
A gripe aviária continua a se espalhar, infectando diferentes animais, incluindo gatos, nos EUA. Um caso específico, com um trabalhador de laticínio infectado por uma cepa com mutação que aumenta a replicação do vírus nas vias aéreas, reforça as preocupações. Experimentos com furões expondo-os a gotículas de ar com essa cepa mostraram uma taxa de infecção de 30%.
Embora não se possa prever com precisão se ou quando o vírus H5N1 adquirirá mutações para se tornar altamente transmissível pelo ar, o risco de Gripe aviária transmissão pelo ar aumenta com a disseminação do vírus em fazendas e o aumento do número de pessoas infectadas.
A compreensão completa de como a influenza se propaga pelo ar ainda é um desafio para a ciência. É necessário aprofundar os estudos para prever e controlar o impacto potencial de pandemias. A vigilância é fundamental.
Via Folha de S.Paulo
