Em Ponta Grossa, Paraná, um incêndio na década de 1970 destruiu a fábrica da família Scheffer, mas marcou o início de uma história de superação. Rogério Scheffer, atual presidente do Grupo Águia, relembra o incidente que transformou a trajetória da família. A decisão de reconstruir a indústria levou o grupo a se consolidar em setores como logística, agroflorestal e construção.
A história do Grupo Águia começou com a venda de equipamentos de oficina, incluindo um precursor das registradoras modernas. Os pais e tios de Rogério Scheffer compraram a fábrica, que foi transferida para o Paraná. Logo após a mudança, um incêndio consumiu o galpão de madeira. Para retomar as atividades, a família vendeu uma propriedade rural e investiu em duplicadores, os antigos mimeógrafos.
No retorno de uma viagem ao Rio de Janeiro, o pai de Scheffer recebeu uma proposta inesperada para vender a fábrica. A negociação, fechada em um táxi, permitiu que a família comprasse de volta a propriedade rural e fundasse a Águia Metalúrgica. O foco era a fabricação de armários, estantes, mesas e cofres metálicos. A nomeação de concessionárias Mercedes-Benz em todo o Brasil impulsionou o negócio, com a necessidade de soluções de armazenamento sob medida.
O que começou com estantes e armários evoluiu para a diversificação do grupo. Hoje, o Grupo Águia atua em três áreas principais: a Águia Sistemas, especializada em soluções logísticas, responsável por cerca de 50% da receita; a Águia Florestal, com foco em manejo sustentável; e a Águia Construtora, voltada a empreendimentos de médio e grande porte. Para Rogério Scheffer, a capacidade de se reinventar é o valor mais importante da família.
Via InfoMoney