Guerra de tarifas entre apps de entrega de comida ganha destaque no Brasil

Descubra como a disputa por tarifas entre apps de entrega de comida está impactando consumidores e restaurantes no Brasil.
05/05/2025 às 09:47 | Atualizado há 2 dias
Guerra de tarifas
Rappi e 99Food cortam taxas para desafiar o iFood no mercado de delivery. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Atenção! Os aplicativos de entrega estão declarando uma guerra de tarifas para competir com o Ifood, que detém grande parte do mercado, segundo dados da Abrasel. Rappi e 99Food anunciaram estratégias para reduzir ou eliminar taxas cobradas de restaurantes, visando atrair mais estabelecimentos e clientes para suas plataformas. Mas qual o real impacto dessas medidas no mercado de delivery?

O Rappi anunciou que cobrará apenas a taxa de meio de pagamento, fixada em 3,5%, para novos restaurantes que aderirem ao modelo full service, onde a empresa se responsabiliza pela entrega. Anteriormente, os restaurantes pagavam também uma taxa de intermediação e de entrega, o que reduzia significativamente o valor recebido por cada pedido.

Felipe Criniti, CEO do Rappi, informou que a mudança será implementada gradualmente para todos os restaurantes cadastrados na plataforma. Uma das condições para a isenção das taxas é que os restaurantes pratiquem preços competitivos no aplicativo, equiparando-os aos valores cobrados no estabelecimento físico.

Apesar de ser o maior mercado entre os nove países onde o Rappi atua, o Brasil representa apenas 15% dos negócios da startup. A meta da empresa é dobrar o número de restaurantes ativos em sua base até o final de 2025 e aumentar a participação da vertical de restaurantes em seus negócios no Brasil em dez vezes, destinando 40% de um plano de investimento de R$ 1,4 bilhão para essa finalidade.

A 99Food também entrou na guerra de tarifas, anunciando a isenção de taxas e mensalidades para restaurantes, visando atrair 400 mil novos estabelecimentos e milhões de consumidores. A empresa comunicou que os restaurantes que se cadastrarem na plataforma estarão isentos do pagamento de comissão e mensalidade por dois anos.

Bruno Rossini, diretor sênior da 99, afirmou que a isenção de taxas representa uma mudança importante no mercado de delivery, devolvendo o controle para os restaurantes e entregadores. A empresa oferece dois modelos de parceria: o “Full Service”, onde a 99Food cuida de todo o processo de entrega, e o “Marketplace”, onde o restaurante realiza a entrega por conta própria.

Com um investimento de mais de R$ 1 bilhão em 2025, a 99Food busca se posicionar como uma alternativa competitiva no mercado, desafiando os principais players. A empresa estima que, em um pedido de R$ 100, o restaurante receba R$ 92,30, já descontadas as taxas de entrega e transação de pagamento.

A guerra de tarifas entre os aplicativos de entrega pode gerar um impacto significativo no mercado, beneficiando tanto os restaurantes, que terão a oportunidade de aumentar seus lucros, quanto os consumidores, que poderão encontrar preços mais competitivos. Resta acompanhar os próximos capítulos dessa disputa e como o líder de mercado, Ifood, responderá a essas novas estratégias.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.