Haddad critica projeto que permite demissão de diretores do Banco Central

Ministro Haddad expressa preocupação com projeto que dá ao Legislativo poder de demitir diretores do Banco Central.
03/09/2025 às 15:42 | Atualizado há 3 semanas
Demissão de diretores do Banco Central
Haddad alerta para projeto que permite ao Legislativo demitir diretores. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou forte preocupação em relação ao projeto de lei que permite ao Legislativo demitir diretores do Banco Central. Segundo ele, essa medida pode comprometer a autonomia da instituição e gerar influência política indevida nas decisões relacionadas à economia.

A proposta, que está em tramitação na Câmara dos Deputados, sugere que diretores do Banco Central possam ser destituídos por decisão do Congresso. Essa ampla justificativa de “incompatibilidade com interesses nacionais” levanta receios sobre possíveis interpretações políticas, o que pode afetar a estabilidade da política monetária.

Além disso, a urgência na tramitação do projeto intensifica debatê-lo de forma aprofundada. Haddad defende a importância de decisões baseadas em critérios técnicos, ressaltando que a instabilidade gerada poderia impactar a confiança dos investidores e a economia brasileira como um todo.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou preocupação com o projeto de lei que concede ao Legislativo o poder de Demissão de diretores do Banco Central. Haddad argumenta que não existe justificativa plausível para tal medida, levantando um debate sobre a autonomia do Banco Central e a influência política em suas decisões.

Em trâmite na Câmara dos Deputados, o projeto estabelece que diretores do Banco Central poderão ser destituídos de seus cargos por decisão do Congresso Nacional. A justificativa para a Demissão de diretores do Banco Central seria a “condução das atividades do Banco Central incompatível com os interesses nacionais”, um critério amplo que gera apreensão quanto a possíveis interpretações políticas.

A proposta, apresentada inicialmente em 2021, ganhou novo fôlego com um requerimento de urgência para sua tramitação. Esse movimento acelerado despertou questionamentos sobre o momento e as motivações por trás da iniciativa.

Haddad expressou não querer crer que a movimentação dos parlamentares esteja relacionada às negociações de venda de ativos do Banco Master para o BRB, processo que se encontra sob análise do Banco Central. Essa declaração adiciona uma camada de complexidade à discussão, levantando suspeitas sobre possíveis conflitos de interesse.

O projeto de lei que permite a Demissão de diretores do Banco Central pelo Legislativo reacende o debate sobre a autonomia do Banco Central e a importância de suas decisões serem tomadas com base em critérios técnicos, sem interferências políticas. A proposta levanta questões sobre a estabilidade da política monetária e a confiança dos investidores no país.

A tramitação em regime de urgência intensifica a necessidade de um debate aprofundado sobre os impactos da medida. A sociedade precisa estar atenta às possíveis consequências dessa mudança na governança do Banco Central e como ela pode afetar a economia brasileira.

Em meio a esse cenário, Haddad busca assegurar a independência do Banco Central, defendendo que a Demissão de diretores do Banco Central não deve ser politizada. A discussão permanece no centro das atenções, com diferentes atores buscando influenciar o futuro da política monetária no Brasil.

Via Money Times

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.