A Havanna, famosa por seu doce de leite e alfajores, lançou um novo modelo de negócio no Brasil: as Franquias de sorvetes Havanna. O quiosque inaugurado em Porto Alegre representa o primeiro passo da marca argentina neste segmento, onde a expectativa é abrir 50 unidades até o final do ano e um total de 120 até 2027. Atualmente, a Havanna possui mais de 260 lojas operando ou em implantação no país.
As projeções indicam que, até 2029, as novas lojas poderão contribuir com mais de 25% do faturamento da marca no Brasil, que registrou R$ 420 milhões em 2024 e tem a meta de alcançar R$ 550 milhões em 2025. O investimento inicial para novos franqueados é de R$ 355 mil. O retorno sobre esse investimento deve acontecer entre 18 e 24 meses, com margens de lucro que variam entre 25% e 28%.
A decisão pela criação deste novo modelo de sorveteria surgiu a partir do sucesso da linha de sorvetes em pote da Havanna, que comprovou a aceitação do público por produtos artesanais. O mercado brasileiro de sorvetes premium está em expansão, com consumidores buscando opções com menos açúcar e sem conservantes. Dados da Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis) revelam que as gelaterias artesanais somam 20% do faturamento total do setor, enquanto as grandes marcas dominam 80%.
Camila Akutsu, gerente-geral de Marketing da Havanna Brasil, afirma que há um espaço claro para a oferta de produtos premium a preços competitivos. “Nosso diferencial está no sabor autêntico do doce de leite artesanal e em ingredientes de qualidade, como chocolate holandês e pistache natural”, destaca.
As novas franquias variam entre quiosques compactos e lojas com espaço para consumo interno. O cardápio inicial traz 14 sabores artesanais, incluindo as opções Dulce de Leche com lascas de chocolate e pistache, além do exclusivo sabor Mar Del Plata, que é inspirado no sal marinho. Os sorvetes são produzidos em uma fábrica da Havanna no Paraguai e seguem rigorosos padrões de qualidade.
A marca enfrenta desafios em um mercado já saturado, que conta com concorrentes como Bacio Di Latte e Borelli. A mudança de hábitos dos consumidores, que geralmente preferem opções de sorvetes industriais e de baixo custo, exige um investimento contínuo em marketing para realçar o valor dos produtos artesanais. Para se destacar, a Havanna planeja inovar em seus sabores e formatos, além de criar campanhas de marketing localizadas.
O crescimento das gelaterias artesanais no Brasil é impulsionado pela tendência global de consumo saudável e por experiências diferenciadas. A Havanna está posicionada para se consolidar neste nicho, utilizando a força da sua marca e experiência acumulada no setor de doces.
Via Exame
