Herdeiro da Red Bull realiza transferência de US$ 1,1 bilhão para fiduciária

Descubra a transferência de US$ 1,1 bilhão do herdeiro da Red Bull para uma empresa fiduciária em Genebra.
03/06/2025 às 16:46 | Atualizado há 3 dias
Participação na Red Bull
Continuidade e sucesso garantidos para grandes empresas em longo prazo. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A história da Participação na Red Bull começou com a visão de um profissional de marketing austríaco e um empresário tailandês. Juntos, eles criaram uma estrutura de propriedade simples, onde cada um deteria 49% da empresa. O filho do empresário tailandês, Chalerm Yoovidhya, ficou com os 2% restantes, mantendo-os por quatro décadas. Durante esse tempo, a Red Bull se tornou um sucesso global, transformando a família Yoovidhya em bilionária.

Em 20 de maio, Chalerm transferiu sua Participação na Red Bull para a Fides Trustees SA, uma empresa fiduciária sediada em Genebra. Essa transação foi registrada em um documento regulatório austríaco. O documento não especificou o motivo da transferência, o destino final da participação ou quem será o beneficiário. A participação transferida está avaliada em cerca de US$ 1,1 bilhão, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

Um porta-voz da Red Bull comentou que “soluções fiduciárias como essa são comuns para garantir a continuidade a longo prazo em empresas grandes e bem-sucedidas”. A empresa se recusou a comentar mais sobre decisões internas da família. Representantes do TCP Group, controlado pela família Yoovidhya, não responderam a pedidos de comentários.

A Fides Trustees declara que seus clientes são “tipicamente famílias e indivíduos internacionais com patrimônio líquido alto e ultra-alto”. A empresa trabalha com seus clientes e consultores para revisar suas estruturas pessoais, conforme as circunstâncias familiares mudam. A Fides também não respondeu a um pedido de entrevista. O documento de transferência foi assinado por Chalerm, de 74 anos, e pelos três executivos que lideram a Red Bull desde a morte de Dietrich Mateschitz, cofundador austríaco da empresa, em 2022. O cofundador tailandês, Chaleo Yoovidhya, faleceu em 2012.

A parceria entre Mateschitz e Chaleo começou na década de 1980. Mateschitz viajou para a Tailândia e experimentou uma tônica local que curou seu jet lag. Ele abordou Chaleo, que vendia a tônica no Sudeste Asiático, e sugeriu que os dois lançassem a bebida no mercado internacional. Uma mudança crucial foi adicionar gás à bebida. O lançamento da Red Bull em 1987, com o slogan “Dá asas”, ajudou a criar a indústria de bebidas energéticas como a conhecemos hoje. A empresa vendeu 12,7 bilhões de latas de sua bebida com cafeína no ano passado, gerando € 11,2 bilhões (US$ 12,8 bilhões) de receita.

Desde a sua criação, as operações globais da Red Bull são lideradas pela Áustria. A empresa se tornou um dos maiores impérios de marketing esportivo do mundo, abrangendo Fórmula 1, futebol e mountain bike. A família Yoovidhya ainda detém 49% da Red Bull, por meio de sua holding sediada em Hong Kong. A Bloomberg avalia essa participação em US$ 27,9 bilhões, com base nos resultados da empresa. O filho de Mateschitz, Mark, detém os 49% restantes.

Via InvestNews

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