O setor financeiro está passando por uma transformação profunda impulsionada pela IA na indústria financeira, com a inteligência artificial generativa redefinindo a forma como bancos, empresas e clientes interagem. Essa mudança estrutural, que vai além dos tradicionais chatbots, promete experiências mais personalizadas e eficientes. Guilherme Horn, do WhatsApp, e Ricardo Guerra, do Itaú Unibanco, destacam esse novo paradigma, que está moldando o futuro dos negócios.
A IA na indústria financeira está se tornando cada vez mais presente, impulsionada pela evolução da tecnologia e pela crescente necessidade de personalização. Segundo Guilherme Horn, a IA conversacional está “engolindo os aplicativos, assim como os aplicativos engoliram os sites”, marcando o início de uma nova era digital. O lançamento do ChatGPT em 2022 despertou o mundo para o potencial disruptivo da IA, transformando a maneira como as empresas se conectam com seus clientes.
Essa transformação digital pode ser dividida em três ondas. A primeira foi focada na web, com a criação de sites. A segunda, no mobile, com o desenvolvimento de aplicativos. Agora, a terceira onda é conversational-first, liderada por agentes inteligentes acessíveis através de canais de mensagens. Esses agentes são hiperpersonalizados, contextuais e disponíveis 24 horas por dia, aprendendo continuamente com modelos de linguagem e dados acumulados.
Diferente dos chatbots tradicionais, os agentes de IA generativa possuem capacidade de inferência, memória e adaptabilidade. Guilherme Horn vislumbra um futuro com “hardware conversacional”, onde assistentes de IA estarão integrados em carros, wearables e eletrodomésticos, proporcionando interações personalizadas e empáticas. O WhatsApp, com mais de 1,5 bilhão de usuários, surge como um sistema operacional para a IA conversacional, permitindo que empresas interajam com um público amplo de forma personalizada.
O Itaú Unibanco está integrando agentes de IA para compreender as necessidades de cada cliente e criar produtos sob medida. O objetivo é melhorar a vida financeira das pessoas, ajudando-as a construir riqueza. Essa mudança vai além da automação, buscando um relacionamento transformacional com os clientes, baseado em design centrado no humano e empatia algorítmica. Startups como Megi, Jota e Lastro já estão utilizando a IA generativa no WhatsApp para oferecer assistentes 24 horas por dia.
Se a IA generativa já se mostrou funcional, o próximo desafio é torná-la relacional. A inteligência artificial conversacional não será apenas um recurso dentro dos aplicativos, mas sim o novo aplicativo em si. Em um mundo onde a comunicação é fundamental, a vantagem competitiva estará com quem souber conversar de forma mais humana, útil e relevante. A adaptação a essa nova realidade é crucial para a sobrevivência e o sucesso no mercado.
A IA na indústria financeira representa uma grande oportunidade para quem souber aproveitá-la. O consenso é claro: quem se adaptar agora tem mais chances de prosperar. As empresas que não entrarem nesse novo cenário podem ficar para trás e enfrentar dificuldades. Um mundo novo está se formando, impulsionado pela IA conversacional, que transforma a forma como interagimos e fazemos negócios.
Via Forbes Brasil