Após a divulgação do Payroll abaixo do esperado, os mercados financeiros reagiram com força. O relatório trouxe 22 mil novos empregos em agosto, muito abaixo da previsão de 75 mil. Com isso, as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve aumentaram, influenciando diretamente o mercado brasileiro.
O dólar caiu pelo terceiro dia consecutivo em relação ao real, fechando a R$ 5,4139. Enquanto isso, o Ibovespa disparou e atingiu 142.640,14 pontos, com uma alta de 1,17%. O cenário mais favorável ao Brasil, com a Selic em alta e juros americanos em possível queda, atraiu investidores e aumentou a confiança no mercado.
No campo das ações, o Banco do Brasil e outras instituições financeiras tiveram desempenhos positivos, mas a Petrobras exerceu pressão negativa sobre o Ibovespa. Além disso, a valorização de empresas como Ultrapar e Magazine Luiza indica um otimismo geral, mesmo com o cenário cauteloso nas decisões do Banco Central.
Após a divulgação do Payroll abaixo do esperado nos EUA, os mercados financeiros reagiram de forma interessante. O relatório de empregos, divulgado pelo Departamento de Trabalho, revelou a criação de 22 mil postos de trabalho em agosto, um número bem inferior aos 75 mil previstos pela pesquisa da Reuters. A taxa de desemprego ficou em 4,3%, alinhada com as projeções, mas os números mais fracos reforçaram as expectativas de um possível corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda este mês.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed se reunirá nos dias 16 e 17 de setembro para tomar uma decisão sobre as taxas de juros, que atualmente estão na faixa de 4,25% a 4,50%. O resultado dessa reunião será divulgado na tarde do dia 17. A expectativa de corte de juros ganhou força após a divulgação do Payroll abaixo do esperado, influenciando diretamente o comportamento do dólar e da bolsa de valores.
No Brasil, o dólar à vista registrou sua terceira queda consecutiva em relação ao real, fechando com um decréscimo de 0,61%, cotado a R$ 5,4139. A moeda americana acumulou uma baixa de 1,11% no período e de 0,15% na semana. Esse movimento ocorreu em sentido oposto ao que foi observado no mercado internacional. Em contrapartida, a Wall Street, os principais índices fecharam o dia em queda, enquanto o Ibovespa atingiu um novo recorde, alcançando 142.640,14 pontos, com alta de 1,17%.
O desempenho do Ibovespa foi impulsionado pela perspectiva de que, com uma taxa básica Selic de 15% e a possibilidade de cortes nos juros americanos, o Brasil se torna um destino mais atraente para o capital estrangeiro. Esse cenário reforça a importância de acompanhar de perto as decisões do Fed e seus impactos nos mercados globais e domésticos.
Adicionalmente, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, anunciou o endurecimento das medidas de segurança para o Pix e o TED, limitando as operações realizadas por meio dessas ferramentas a R$ 15 mil em algumas instituições. Essa medida visa aumentar a segurança das transações financeiras e proteger os usuários contra possíveis fraudes e golpes.
No cenário das ações, o Banco do Brasil ON teve um avanço de 3,57%, refletindo um dia positivo para o setor, impulsionado por medidas provisórias para a renegociação de dívidas rurais. Outros bancos também apresentaram resultados positivos, como Bradesco PN (alta de 2,44%), Itaú Unibanco PN (alta de 1,11%) e Santander Brasil UNIT (valorização de 3,55%). A Petrobras, por outro lado, exerceu pressão negativa sobre o Ibovespa, com recuos de 1,51% (PN) e 2,26% (ON), em meio à queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
A valorização da Ultrapar ON foi impulsionada por um relatório do BTG Pactual, elevando a recomendação da ação para compra e o preço-alvo de R$ 21,00 para R$ 26,00. A Magazine Luiza ON também se destacou com um avanço de 7,17%, influenciada pelo alívio nas taxas dos contratos de Depósitos Interbancários (DIs). Os investidores devem continuar atentos aos próximos capítulos da política monetária e seus reflexos no mercado financeiro.
Via Forbes Brasil