Ibovespa em Alta: Impacto do Bloqueio de Tarifas e Dólar Em Baixa

Saiba como o bloqueio de tarifas e IOF influenciam o Ibovespa e a queda do dólar em nosso panorama econômico.
29/05/2025 às 21:03 | Atualizado há 2 meses
Bloqueio de tarifas e IOF
Tribunal dos EUA suspende tarifas de importação criadas por Trump. (Imagem/Reprodução: Forbes)

As recentes decisões no cenário econômico americano e as discussões sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Brasil têm gerado impacto nos mercados. A decisão do Tribunal de Comércio dos EUA de bloquear tarifas de importação impostas pelo ex-presidente Donald Trump e os debates em torno do **Bloqueio de tarifas e IOF** no Brasil, influenciaram o desempenho do dólar e do Ibovespa. Vamos mergulhar nos detalhes desses eventos e entender suas implicações.

O mercado financeiro reagiu à decisão do tribunal americano, que questionou a autoridade do ex-presidente Trump em impor tarifas, uma prerrogativa vista como exclusiva do Congresso. Essa mudança no cenário internacional teve reflexos imediatos no Brasil. Paralelamente, as discussões sobre o reajuste do IOF no Brasil mantiveram os agentes financeiros em alerta, embora, até o momento, não tenham resultado em alterações concretas.

No fechamento da sessão, o dólar apresentou uma queda de 0,51%, sendo cotado a R$ 5,6663. O Ibovespa também registrou um ligeiro decréscimo de 0,25%, atingindo 138.533,7 pontos. Em contrapartida, o S&P 500, um dos principais indicadores do mercado acionário dos EUA, teve uma alta de 0,40%, impulsionado pelos resultados trimestrais da Nvidia, que superaram as expectativas de crescimento em vendas.

Nos Estados Unidos, um tribunal federal de apelação restabeleceu as tarifas mais abrangentes implementadas durante o governo Trump. A medida, que não apresentou justificativas imediatas, estabeleceu prazos para que os autores do caso se manifestem até 5 de junho e o governo até 9 de junho. Anteriormente, membros do governo Trump minimizaram o bloqueio inicial, argumentando que ele não impactaria as negociações comerciais com outros países.

Diante desse cenário, o dólar apresentou uma queda em relação a outras moedas fortes, como o iene, o euro e a libra, além de moedas de países emergentes, como o real, o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano. A incerteza em torno das tarifas e do Bloqueio de tarifas e IOF contribuiu para essa movimentação no mercado cambial.

No Brasil, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, levantou a possibilidade de o Congresso derrubar o decreto que aumentou o IOF sobre diversas operações. Motta ressaltou a disposição dos parlamentares em construir uma solução conjunta com o governo, defendendo medidas fiscais mais estruturantes. Em coletiva de imprensa, o presidente da Câmara afirmou que a maioria dos deputados é favorável à derrubada do decreto do IOF, sugerindo que o governo apresente alternativas para a questão.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou que o governo ainda não encontrou uma solução para os aumentos do IOF, que enfrentam forte resistência no Congresso, mas garantiu que o tema será debatido e construído em conjunto. Na semana anterior, o governo havia anunciado uma série de elevações nas alíquotas do IOF, inclusive em operações cambiais, com o objetivo de aumentar a arrecadação e cumprir a meta fiscal para o ano. No entanto, parte dessas medidas foi revogada após a repercussão negativa no mercado financeiro e entre economistas.

Alguns destaques do mercado incluem a queda de 6,8% da AZUL PN, impactada pelo pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. O Banco do Brasil ON teve uma queda de 1,58%, influenciado por dados do Banco Central que apontaram aceleração nas concessões de crédito, mas também alta na inadimplência e nos spreads. A PETROBRAS PN recuou 0,6%, pressionada pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional.

A VALE ON apresentou uma variação positiva de apenas 0,07%, mesmo com o avanço dos futuros do minério de ferro na China. A B3 ON recuou 1,4%, também entre os maiores pesos negativos do Ibovespa. Em contrapartida, a COSAN ON subiu 2,07%, com analistas do Bank of America reiterando recomendação de compra. A SABESP ON valorizou-se 1,48%, após acertar a aquisição das participações restantes nas sociedades Andradina e Castilho.

A COPEL PNB valorizou-se 1,51%, renovando máximas históricas, endossada por relatórios positivos de analistas do Itaú BBA e do UBS BB. A JBS ON avançou 0,69%, impulsionada pelo reconhecimento do Brasil como livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Por fim, a AMBIPAR ON, que não faz parte do Ibovespa, disparou 18,5% após anunciar uma proposta de reorganização societária.

O cenário econômico permanece dinâmico, com as decisões sobre o Bloqueio de tarifas e IOF moldando os rumos do mercado. É fundamental acompanhar de perto os desdobramentos dessas questões para entender seus impactos e se preparar para os próximos desafios e oportunidades.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.