Ibovespa: BTG Pactual tem alta de 11%, Raízen apresenta queda

Ibovespa mostra ganhos com BTG Pactual em alta e Raízen em baixa; saiba mais sobre o desempenho da semana.
16/08/2025 às 09:43 | Atualizado há 1 dia
Ibovespa da semana
Ibovespa fecha em alta, favorecido pelo fechamento da temporada de balanços do 2T25. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Ibovespa fechou a semana em alta de 0,31%, atingindo 136 mil pontos. O desempenho é reflexo da temporada de balanços, com destaque para o BTG Pactual, que registrou um lucro recorde de R$ 4,2 bilhões, superando expectativas.

Enquanto isso, a Raízen viu sua ação cair mais de 10% devido a preocupações com seu alto endividamento, que alcançou R$ 49,2 bilhões. A alavancagem da empresa dobrou em comparação ao ano anterior, preocupando investidores.

Além disso, o dólar à vista teve uma queda de 0,70%, encerrando a semana a R$ 5,3980, o menor preço em 14 meses. O governo federal lançou um plano de R$ 30 bilhões para mitigar os impactos das tarifas de importação no mercado.
Após o encerramento da temporada de balanços do segundo trimestre e o anúncio do plano de contingência do governo para mitigar os impactos das tarifas de importação, o Ibovespa da semana engatou a segunda semana consecutiva de ganhos. O principal índice da bolsa brasileira valorizou 0,31% nos últimos cinco pregões, fechando a semana nos 136 mil pontos.

O dólar à vista (USBRL) também apresentou um desempenho notável, terminando a semana cotado a R$ 5,3980, com uma queda de 0,70% em relação ao real. Durante a semana, a divisa alcançou o menor nível em 14 meses, cotada a R$ 5,3870.

O governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou uma medida provisória que estabelece um conjunto de ações para mitigar os impactos econômicos do aumento de tarifas. O pacote inclui R$ 30 bilhões em linha de crédito, aportes de R$ 4,5 bilhões em diferentes fundos garantidores e até R$ 5 bilhões em créditos tributários a exportadores.

Adicionalmente, haverá uma prorrogação de um ano no prazo do mecanismo de “drawback”, um regime aduaneiro que permite a suspensão ou isenção de tributos incidentes na aquisição de insumos usados na fabricação de produtos exportados. O governo também anunciou uma ampliação do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra), com concessões de créditos tributários de até R$ 5 bilhões até dezembro de 2026.

No cenário macroeconômico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, um resultado abaixo da expectativa de 0,35%. A inflação acumula alta de 3,26% entre janeiro e julho e de 5,23% em 12 meses. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera uma continuidade na trajetória de deflação de alimentos nos próximos meses, em parte devido ao forte desempenho da safra agrícola no país neste ano.

No exterior, o mercado consolidou as apostas de corte nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) na próxima reunião, em setembro. Isso ocorreu após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subir 0,2% em julho, abaixo do esperado, acumulando alta de 2,7% em 12 meses.

Os investidores também acompanharam o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, respectivamente, no Alasca. Antes do encontro, Trump mencionou que buscaria “arrumar as coisas” na reunião com o chefe do Kremlin para alcançar um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.

O Ibovespa da semana teve como destaque positivo o BTG Pactual (BPAC11), que reagiu positivamente ao balanço do segundo trimestre (2T25). O banco registrou um lucro líquido ajustado recorde de R$ 4,2 bilhões entre abril e junho, um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado também superou as expectativas do consenso da Bloomberg, que aguardava R$ 3,64 bilhões.

Por outro lado, a Ibovespa da semana apresentou Raízen (RAIZ4) com uma queda de mais de 10% após a divulgação dos resultados da empresa no primeiro trimestre da safra 2025/26 (1T26). O maior fator de preocupação do mercado está relacionado ao endividamento da companhia, com a alavancagem atingindo 4,5x, um crescimento superior ao dobro na comparação anual. A dívida líquida agora soma R$ 49,2 bilhões, um salto de 56% em relação ao primeiro semestre da safra anterior (1T25).

É importante estar atento às dinâmicas do mercado financeiro e aos fatores que influenciam o Ibovespa da semana, tanto no cenário nacional quanto internacional, para tomar decisões de investimento mais bem informadas.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.