O Ibovespa registrou uma queda de 2,10%, fechando em 134.432 pontos, afetado pela desvalorização das ações de bancos. A decisão do STF que impede a aplicação de leis estrangeiras no Brasil aumentou a apreensão entre investidores, especialmente no setor financeiro.
As ações de grandes bancos como Banco do Brasil e Bradesco sofreram quedas significativas, refletindo as preocupações com o prolongamento da incerteza jurídica. Com medidas de segurança jurídica sendo questionadas, a reação do mercado é instável, impulsionando uma busca por ativos mais seguros.
Em relação ao dólar, a moeda disparou 1,19%, atingindo R$ 5,50, a maior alta em duas semanas. Especialistas apontam que o aumento da aversão ao risco e as tensões comerciais estão levando investidores a proteger seus ativos, contribuindo para a alta do dólar.
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O Ibovespa desaba com bancos, registrando uma forte queda de 2,10% e atingindo 134.432 pontos. O setor bancário foi o mais impactado, influenciado pela decisão do ministro Flávio Dino, do STF, que impede a aplicação de leis estrangeiras a brasileiros no Brasil, além do recuo das ações da Raízen, que caíram 9,57%. O volume financeiro atingiu R$ 20,7 bilhões.
A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que leis e determinações estrangeiras não podem afetar cidadãos brasileiros em território nacional, gerou apreensão no mercado. Essa medida impacta diretamente a atuação de instituições financeiras e empresas com relações internacionais, aumentando a incerteza jurídica e econômica.
As ações do Banco do Brasil (BBSA3) tiveram uma queda de 5,79%, enquanto Bradesco (BBDC4) recuou 3,79%. BTG (BPAC11) também sentiu o impacto, com uma baixa de 4,04%, seguido por Itaú (ITUB4) com 3,18% e Santander (SANB11) com 4,88%. Essa retração reflete a preocupação do setor bancário com as possíveis consequências da decisão do STF.
Essa controvérsia levou os bancos brasileiros a consultarem seus departamentos jurídicos, temendo perder operações nos EUA caso não cumpram as ordens americanas, conforme informações do Estadão. A complexidade da situação reside no fato de que o setor bancário possui extensas relações globais, tornando difícil conciliar as determinações judiciais brasileiras com as exigências de outros países.
Em Wall Street, os índices Nasdaq e S&P 500 também apresentaram quedas, pressionados pelas ações de tecnologia. Investidores aguardam as declarações do chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sobre a trajetória da taxa de juros no simpósio de Jackson Hole nesta semana. O S&P 500 teve uma perda de 0,58%, atingindo 6.411,53 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 1,45%, para 21.315,95 pontos. O Dow Jones registrou uma leve variação positiva de 0,02%, alcançando 44.922,64 pontos.
O dólar disparou mais de 1% frente ao real, fechando o dia com alta de 1,19%, cotado a R$ 5,50. Essa é a maior cotação em duas semanas e reflete a venda da moeda brasileira por investidores receosos com a intensificação das tensões diplomáticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Segundo Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o dólar avançou em um movimento defensivo, impulsionado pela combinação de risco institucional e queda das commodities. A decisão do STF reacendeu dúvidas sobre a aplicação de normas estrangeiras no Brasil, gerando questionamentos sobre segurança jurídica e autonomia das instituições financeiras, o que aumentou a aversão ao risco e a busca por proteção no câmbio.
Além disso, o recuo do petróleo e do minério de ferro também contribuiu para a deterioração dos termos de troca e pressionou o Ibovespa desaba com bancos, reforçando a migração para o dólar, mostrando um cenário de cautela e busca por ativos mais seguros em meio às incertezas no mercado financeiro.
Via Forbes Brasil
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