Logo após a abertura do mercado, o Ibovespa registrou queda superior a 2.500 pontos, impactado pela confirmação da candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência. O índice perdeu 1,79%, enquanto o dólar à vista subiu para R$ 5,4958, refletindo a preocupação dos investidores no cenário político.
A candidatura de Flávio Bolsonaro intensifica a fragmentação da direita, complicando alianças e aumentando a incerteza eleitoral para 2025. A valorização do dólar destaca o movimento dos investidores em buscar proteção diante da instabilidade.
Além disso, o mercado aguarda a decisão do Banco Central sobre a manutenção da taxa Selic e possíveis reduções futuras, o que também influencia o comportamento dos agentes financeiros no contexto atual.
Poucos minutos após a abertura do mercado nesta terça-feira (9), o Ibovespa sofreu uma queda superior a 2.500 pontos, refletindo a apreensão dos investidores diante do cenário político. Por volta das 10h30, o índice recuava 1,79%, alcançando 155.356,14 pontos, com apenas quatro ações em alta entre as 82 que compõem o índice.
Ao mesmo tempo, o dólar à vista subiu para R$ 5,4958 (+1,38%), atingindo a máxima intradia. A valorização da moeda americana, vista como um refúgio em momentos de instabilidade, foi impulsionada pelo clima político tenso.
O motivo principal dessa volatilidade é a confirmação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato à Presidência da República, declarado como “irreversível”, o que reacende disputas internas na direita. A candidatura de Flávio representa, segundo analistas, uma fragmentação que dificulta possíveis alianças entre direita e centro para as eleições de 2025, aumentando o receio por uma eventual reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Pesquisa Datafolha recente mostra Lula liderando confortavelmente o segundo turno contra Flávio, com 51% contra 36%, e também superando Tarcísio de Freitas, outro nome da direita, por 47% a 42%. Flávio ainda afirmou que manterá a linha econômica do ex-ministro Paulo Guedes e já iniciou diálogo com agentes financeiros para reforçar sua viabilidade política.
Enquanto isso, a atenção do mercado se volta para a decisão do Banco Central brasileiro, prevista para quarta-feira, que deve manter a Selic em 15%. A expectativa é iniciar uma redução gradual nos juros a partir do primeiro trimestre de 2025, acompanhando movimentos semelhantes do Federal Reserve dos EUA.
Via Money Times