Ibovespa Cai com Queda Significativa da Raízen

Ibovespa fecha em baixa, impactado pela queda da Raízen e dados da inflação nos EUA.
14/08/2025 às 18:02 | Atualizado há 3 horas
Ibovespa recua com Raízen
Dólar fecha em alta de 0,31%, refletindo ganhos no mercado internacional. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Nesta quinta-feira, o Ibovespa recuou 0,12%, fechando em 136.517,44 pontos, após uma forte queda da Raízen. A empresa, que reportou um prejuízo bilionário e um aumento considerável de sua dívida, influenciou negativamente o mercado. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,8 bilhões, refletindo a cautela dos investidores diante das recentes movimentações.

Os analistas do Itaú BBA observam que o índice está enfrentando dificuldades para romper sua máxima histórica, mesmo tendo superado a resistência de 137 mil pontos. As incertezas continuam, e as próximas resistências são de 139.400 e 141.600 pontos. O clima no mercado é de atenção, com os investidores monitorando sinais da economia tanto interna quanto externamente.

No cenário internacional, os índices de Wall Street apresentaram resultados mistos. O S&P 500 registrou leve alta, enquanto o Dow Jones e Nasdaq mantiveram-se estáveis. Com um relatório sobre preços ao produtor mais forte que o esperado, as expectativas sobre cortes de juros foram ajustadas, impactando o dólar e, consequentemente, o desempenho das ações no Brasil.
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O Ibovespa recua com Raízen, registrando uma leve queda de 0,12%, fechando em 136.517,44 pontos nesta quinta-feira. Esse movimento ocorre em meio à temporada de balanços, com a Hapvida liderando as altas e a Raízen sofrendo uma forte queda devido a um prejuízo bilionário e aumento da dívida. O volume financeiro do pregão totalizou R$ 20,8 bilhões antes dos ajustes finais.

Segundo analistas do Itaú BBA, o Ibovespa saiu da tendência de baixa, mas enfrenta dificuldades para alcançar sua máxima histórica. Eles observam que o índice superou a resistência em 137 mil pontos, mas fechou abaixo novamente, indicando indefinição no curto prazo. As próximas resistências estão em 139.400 e 141.600 pontos.

Em Wall Street, os índices apresentaram sinais mistos. O S&P 500 atingiu um pico de fechamento, enquanto Dow Jones e Nasdaq se mantiveram estáveis. Um relatório de preços ao produtor dos EUA, mais forte do que o esperado, diminuiu as expectativas de cortes na taxa de juros.

O Departamento do Trabalho divulgou que os preços ao produtor tiveram a maior alta em três anos em julho, impulsionados pelo aumento nos custos de bens e serviços. Esse aumento sugere que a inflação pode estar se intensificando.

Dados preliminares indicam que o S&P 500 teve variação positiva de 0,03%, atingindo 6.468,27 pontos. O Nasdaq registrou variação negativa de 0,01%, fechando em 21.711,34 pontos, e o Dow Jones teve variação negativa de 0,04%, chegando a 44.902,57 pontos.

No mercado de câmbio, o dólar encerrou com leve alta de 0,31%, cotado a R$ 5,41, acompanhando os ganhos da moeda americana no exterior. A divisa oscilou em uma faixa estreita, refletindo a cautela dos investidores em relação ao impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos.

A força do dólar nos mercados globais, influenciada por dados de inflação ao produtor acima do esperado nos EUA, impactou os movimentos do real. O índice de preços ao produtor dos EUA subiu 0,9% em julho, superando as projeções e elevando preocupações sobre o impacto das tarifas de Donald Trump nos preços.

Operadores agora precificam uma chance de 93% de o Federal Reserve cortar os juros em 0,25 ponto percentual em setembro. Esse cenário fortaleceu os rendimentos dos Treasuries, valorizando o dólar frente a outras moedas. O índice do dólar subiu 0,48%, atingindo 98,188.

Apesar da recente fraqueza global do dólar, que fortaleceu moedas emergentes como o real, persiste a cautela no Brasil devido às incertezas comerciais. A tarifa de 50% imposta por Trump sobre produtos brasileiros continua a gerar apreensão.

O governo brasileiro busca negociar com Washington para ampliar a lista de isenções, mas enfrenta dificuldades em abrir canais de diálogo. O presidente Lula assinou uma medida provisória com um plano de contingência, incluindo uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, para auxiliar empresas afetadas pelas tarifas.

Entre os destaques do pregão, a Hapvida ON avançou 8,29%, impulsionada por um tom otimista em relação ao segundo semestre. Já a Raízen ON desabou 12,5%, registrando sua maior queda desde o IPO em 2021, após reportar um prejuízo de R$ 1,8 bilhão e um aumento da dívida líquida para R$ 49,2 bilhões.

Outras ações relevantes incluem o Grupo Ultra ON, que subiu 4,01% após apresentar um Ebitda ajustado acima das expectativas, e o Banco do Brasil ON, que valorizou-se 2,96% antes da divulgação de seu balanço trimestral. A Vale ON cedeu 1,24%, pressionada pela queda nos futuros do minério de ferro na China.

Por fim, a Petrobras PN fechou em declínio de 1,28%, mesmo com a alta do petróleo no exterior. A Azevedo e Travassos ON saltou 7,14%, após um consórcio vencer o leilão da BR-060/364 com uma oferta de desconto de 19,70% sobre a tarifa básica de pedágio.

Via Forbes Brasil
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.