O encerramento da semana no mercado financeiro foi marcado pela persistência das preocupações dos investidores em relação ao cenário fiscal. Um dos principais eventos que influenciaram esse panorama foi a derrubada, pelo Congresso, do decreto do Governo Federal que propunha elevar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essa decisão reverberou no mercado, contribuindo para a queda do Ibovespa e do dólar nesta sexta-feira.
Diante da decisão do Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou a intenção do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida. Essa ação, no entanto, depende do aval da Advocacia-Geral da União (AGU), que precisa analisar a viabilidade jurídica do recurso.
O mercado também repercutiu dados da inflação americana. O índice PCE, utilizado pelo Federal Reserve (FED) para monitorar a inflação, registrou um aumento de 0,1% em maio, repetindo o percentual de abril. Esse resultado reforçou as expectativas de investidores quanto a possíveis cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do mercado de trabalho. O número de pessoas empregadas formalmente apresentou um aumento de 2,5% no período de fevereiro a maio, em comparação com o mesmo período de 2024, atingindo um novo recorde de 103,869 milhões de trabalhadores. A taxa de desemprego também apresentou um recuo, de 6,8% no trimestre anterior para 6,2%.
No fechamento da sessão, a moeda americana à vista apresentou uma queda de 0,28%, sendo cotada a R$ 5,4831, finalizando a semana com um recuo de 0,79%. Apesar da queda no final do dia, a divisa iniciou a sessão em alta, impulsionada pela busca de agentes em aproveitar o IOF mais baixo e pelos dados positivos da inflação americana.
Apesar dos desafios no cenário fiscal, os dados do mercado de trabalho brasileiro mostram uma economia em movimento, com aumento no número de empregados e queda no desemprego. As decisões tomadas em relação ao IOF e as ações planejadas pelo governo, como o possível recurso ao STF, continuarão a ser acompanhadas de perto pelos agentes do mercado.
Via Forbes Brasil
