Ibovespa fecha quase estável; Embraer registra alta significativa

Ibovespa termina dia em leve queda, enquanto Embraer avança após anúncio de novos negócios.
14/10/2025 às 18:24 | Atualizado há 6 horas
Ibovespa com EUA e China
Dólar cede após discurso de Powell, mas ainda encerra o dia em alta. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O mercado financeiro brasileiro mostraram cautela, com o Ibovespa próximo da estabilidade ao final do dia. O índice teve uma leve queda de 0,07%, fechando a 141.682,99 pontos, em meio à atenção dos investidores às tensões comerciais entre EUA e China. As oscilações durante o dia, com um mínimo de 141.334,32 e um máximo de 142.588,97 pontos, refletem a instabilidade do cenário global.

As preocupações em torno da política econômica internacional influenciaram o desempenho do mercado. Os investidores estão monitorando as repercussões de medidas comerciais e declarações políticas que podem impactar a economia brasileira. Além disso, a valorização do dólar frente ao real, que terminou o dia a R$ 5,4709, adiciona um elemento de incerteza para o mercado local.

No segmento corporativo, a Embraer teve uma alta significativa de 4,89% após anunciar um pedido de 20 jatos E195-E2, totalizando US$ 1,8 bilhão. A Moody’s também melhorou a perspectiva de crédito da empresa. Em contraste, ações como BTG Pactual e Petrobras apresentaram quedas, ilustrando a diversidade de desempenho entre os setores na bolsa.
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O mercado financeiro brasileiro operou com cautela, refletindo as preocupações globais em torno das relações comerciais entre Ibovespa com EUA e China. A bolsa de valores de São Paulo apresentou um fechamento próximo da estabilidade, com investidores atentos aos desdobramentos da política econômica internacional.

O Ibovespa, principal índice da B3, registrou uma leve variação negativa de 0,07%, atingindo 141.682,99 pontos. Durante o dia, o índice oscilou entre a mínima de 141.334,32 e a máxima de 142.588,97 pontos, evidenciando a instabilidade do mercado. O volume financeiro totalizou R$ 19,5 bilhões.

O cenário externo, marcado pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, influenciou diretamente o desempenho do Ibovespa. A imposição de taxas portuárias adicionais e as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o encerramento de laços comerciais com a China, geraram apreensão entre os investidores.

Em Nova York, o S&P 500 fechou com uma leve queda de 0,16%. Os resultados trimestrais de grandes bancos também impactaram o mercado acionário americano. Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3 Investimentos, comentou que o mercado está tentando entender como a guerra comercial afetou o balanço das corporações.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo está trabalhando em alternativas para compensar o impacto orçamentário do arquivamento da MP 1303. Uma pesquisa do Bank of America revelou que a maioria dos gestores (54%) espera que o Ibovespa ultrapasse os 160 mil pontos até o final de 2026, enquanto 17% preveem que o índice alcance mais de 180 mil pontos.

O dólar apresentou leve alta frente ao real, encerrando o dia a R$ 5,4709, com uma valorização de 0,19%. Apesar da alta, a moeda americana acumula queda de 11,46% no ano. Pela manhã, o dólar chegou a atingir a máxima de R$ 5,5202 (+1,10%).

Os comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, influenciaram a trajetória do dólar. Powell indicou que o processo de redução do balanço patrimonial do Fed (aperto quantitativo) pode estar próximo do fim, o que foi bem recebido pelos mercados globais.

A Embraer ON (ações ordinárias) registrou alta de 4,89% após anunciar um pedido firme para 20 jatos E195-E2, avaliado em US$ 1,8 bilhão. A Moody’s elevou a perspectiva das notas de crédito da Embraer para positiva, citando melhorias contínuas nos indicadores de crédito e liquidez.

BTG Pactual ON recuou 1,92% após propor a incorporação das ações do Banco Pan. A oferta envolve troca de ações, com um preço de R$ 10,07 por papel. Banco Pan PN, que não faz parte do Ibovespa, saltou 26,49%.

Petrobras PN caiu 0,69% e a Petrobras ON cedeu 0,06%, refletindo a fraqueza dos preços do petróleo no exterior. O Ibama solicitou mais informações à Petrobras sobre o licenciamento para a perfuração de um poço na Bacia da Foz do Amazonas.

Bradesco PN avançou 1,42% após o Goldman Sachs elevar a recomendação das ações para neutra. Santander Brasil UNIT recuou 1,05%, enquanto Itaú Unibanco PN fechou com ganho de 0,43% e Banco do Brasil ON perdeu 0,86%.

Cogna ON fechou em queda de 3,97%. O Ministério da Educação suspendeu por 120 dias os prazos previstos em edital sobre a seleção de propostas para autorização de funcionamento de cursos de medicina.

Minerva ON encerrou em alta de 2,48%, com recomendação “outperform” do Itaú BBA e preço-alvo de R$ 9 para o final de 2026. Vale ON terminou estável, em meio ao declínio dos futuros do minério de ferro na China.

Os investidores devem continuar monitorando os desdobramentos das relações comerciais entre Ibovespa com EUA e China e os dados econômicos domésticos para avaliar os próximos passos do mercado financeiro brasileiro. A reação do mercado aos anúncios do governo e às decisões do Federal Reserve também será crucial para definir as tendências do Ibovespa nos próximos meses.

Via Forbes Brasil

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.