A semana no mercado financeiro brasileiro foi marcada pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em elevar a taxa Selic para 15%, o patamar mais alto em quase duas décadas. A medida, tomada pelo Pós-copom: Ibovespa, sinaliza uma possível pausa no ciclo de alta de juros, embora o Banco Central (BC) não descarte novas elevações caso sejam necessárias. Paralelamente, as tensões geopolíticas entre Israel e Irã adicionaram cautela aos investidores, com a possível entrada dos Estados Unidos no conflito sendo um ponto de atenção.
O Ibovespa encerrou a sessão com uma queda de 1,15%, atingindo 137.115,83 pontos, acumulando uma leve baixa de 0,07% ao longo dos quatro pregões da semana. Em contrapartida, o dólar apresentou alta, cotado a R$ 5,5270, representando um acréscimo de 0,47%. Apesar disso, a divisa americana registrou um recuo de 0,26% na semana, e uma queda de 10,55% no acumulado do ano. Em Nova York, o S&P 500 também fechou em baixa, com um decréscimo de 0,22%.
Entre os destaques negativos do Ibovespa, a VALE ON recuou 2,58%, mesmo com o avanço dos futuros do minério de ferro na China. A PETROBRAS PN registrou um decréscimo de 0,27%, influenciada pelo declínio do petróleo no mercado internacional. No setor bancário, o ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,52%, acompanhado por BRADESCO PN, SANTANDER BRASIL UNIT e BANCO DO BRASIL ON, que também apresentaram quedas.
COSAN ON apresentou uma queda acentuada de 9%, refletindo as preocupações com o consumo de caixa da companhia diante da nova alta da Selic. MAGAZINE LUIZA ON também fechou em baixa de 5,35%, impactada pela sensibilidade de seus papéis à economia doméstica e aos juros. Em contrapartida, TIM ON avançou 1,51%, impulsionada por um pregão positivo para empresas de telecomunicação, com TELEFÔNICA BRASIL ON (Vivo) fechando em alta de 1,47%. PETRORECONCAVO ON subiu 1,35%, após a ANP liberar o retorno operacional das instalações da empresa no campo Cassarongongo, na Bahia.
As decisões do Copom e os desdobramentos do cenário internacional continuam a moldar o comportamento do mercado financeiro brasileiro. Investidores e agentes econômicos permanecem atentos às próximas movimentações do Banco Central e aos desenvolvimentos geopolíticos, que podem influenciar significativamente a economia e os investimentos no país.
Via Forbes Brasil
