O Ibovespa marcou uma queda de 0,73% nesta sexta-feira, fechando em 140.680,34 pontos. Essa desvalorização reflete a pressão global vinda de Wall Street e a instabilidade do preço do petróleo. Além disso, as preocupações fiscais do Brasil, acentuadas pela derrubada da Medida Provisória 1303, impactaram o humor dos investidores.
No cenário internacional, a bolsa americana observou perdas significativas, especialmente após declarações de Donald Trump sobre tarifas. O S&P 500, referência americana, caiu 2,71%. Enquanto isso, o dólar encerrou o dia cotado a R$ 5,5038, maior preço desde agosto, evidenciando a aversão ao risco no mercado financeiro.
O aumento da tensão política sobre as políticas fiscais do Brasil também leva os investidores a ficarem cautelosos. Propostas do governo para 2026 levantam preocupações sobre o potencial impacto negativo nas contas públicas, além de gerarem dúvidas sobre a responsabilidade fiscal, que permanece em foco.
O Ibovespa em queda marcou o fechamento desta sexta-feira (10), refletindo um período de correção negativa que se estende por todo o mês de outubro. A pressão veio de Wall Street, com perdas significativas, e do declínio nos preços do petróleo no mercado internacional. As preocupações com o cenário fiscal brasileiro também contribuíram para esse desempenho.
O índice brasileiro apresentou uma baixa de 0,73%, atingindo 140.680,34 pontos. Durante o dia, oscilou entre uma mínima de 140.231,24 pontos e uma máxima de 142.273,75 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 22,4 bilhões. Na semana, o Ibovespa acumulou uma queda de 2,44%, e no mês, registra uma perda de 3,8%.
Em Nova York, o mercado azedou após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou aumentar as tarifas contra a China e cancelar uma reunião com o presidente Xi Jinping. O S&P 500, referência do mercado acionário norte-americano, fechou com uma baixa de 2,71%.
No cenário doméstico, as notícias sobre os planos do governo para 2026, sem a garantia de receitas, levantaram preocupações sobre possíveis ações eleitoreiras com impacto fiscal negativo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou o compromisso com a responsabilidade fiscal, buscando ampliar políticas de inclusão social.
Alison Correia, analista de investimentos da Dom Investimentos, observou um dia de cautela global, com dúvidas no Brasil sobre como equilibrar as contas públicas após a derrubada da Medida Provisória 1303. A MP visava compensar mudanças feitas pelo governo no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Correia destacou a expectativa do mercado em relação aos cortes para suprir o “rombo” nas contas, mencionando sinalizações de “medidas populistas”. Ele alertou que o mercado não reage bem às preocupações fiscais, penalizando os preços dos ativos.
O dólar também apresentou alta, encerrando o dia acima de R$ 5,50, refletindo o desconforto do mercado com a política fiscal do governo e as ameaças tarifárias dos Estados Unidos à China. A moeda norte-americana à vista fechou com alta de 2,39%, cotada a R$ 5,5038, o maior valor desde 5 de agosto.
A sexta-feira foi amplamente negativa para os ativos brasileiros, com queda do Ibovespa, alta do dólar e avanço das taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs). O desconforto com a política fiscal do governo continua a pressionar os ativos, desde a semana anterior.
A derrubada da Medida Provisória 1303 pelo Congresso adicionou pressão, devido ao desfecho negativo para o esforço do governo em equilibrar as contas. A MP teria um impacto fiscal de R$ 14,8 bilhões em 2025 e de R$ 36,2 bilhões em 2026, considerando as novas receitas e cortes de despesas, segundo o Ministério da Fazenda.
Durante a manhã, o ânimo dos investidores piorou após a notícia de que o pacote de medidas do governo para 2026 poderia somar R$ 100 bilhões, sem a garantia de receitas. Essas medidas incluem isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$5 mil, distribuição de gás de cozinha, isenção nas contas de energia para famílias de baixa renda e pagamento de bolsas para estudantes.
Ainda que não haja novas medidas, os agentes demonstraram preocupação de que 2026 seja marcado por ações para impulsionar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com impacto negativo nas contas públicas.
No início da tarde, a pressão aumentou após o presidente Donald Trump ameaçar aumentar as tarifas comerciais contra a China e cancelar uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping. Ele acusou a China de manter a economia global refém, após o país asiático expandir drasticamente seus controles de exportação de terras raras.
Via Forbes Brasil