Na abertura do pregão desta quinta-feira, o Ibovespa abre pregão sem uma direção clara, mantendo o foco em Wall Street após a suspensão de tarifas. O principal índice da Bolsa brasileira registrava um leve avanço de 0,01%, atingindo 138.899,92 pontos por volta das 10h04 (horário de Brasília). O mercado acompanha de perto as decisões nos Estados Unidos e seus reflexos na economia global.
Simultaneamente, o dólar à vista demonstrava estabilidade frente ao real nas primeiras negociações do dia. Investidores reagem à decisão de um tribunal dos Estados Unidos que bloqueou grande parte das tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump, enquanto permanecem atentos às notícias fiscais no cenário brasileiro. Às 9h07 (horário de Brasília), o dólar apresentava uma ligeira alta de 0,08%, cotado a R$ 5,7003 na venda.
O Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos julgou ilegais as tarifas comerciais impostas por Donald Trump no início de abril, determinando a sua suspensão. A ação foi movida por um grupo de estados liderados por democratas e diversas empresas, que argumentaram que Trump utilizou de forma inadequada uma lei de emergência para justificar as medidas. Segundo a decisão judicial, o Congresso não conferiu poderes ilimitados ao presidente, que não pode impor sobretaxas ilimitadas sobre produtos de praticamente todos os países.
A Casa Branca anunciou que irá recorrer da decisão em âmbito federal, defendendo que não cabe a juízes não eleitos decidir sobre questões de emergência nacional. A administração Trump prometeu continuar a priorizar os interesses da América e usar todos os recursos do poder executivo para enfrentar crises e restaurar a economia americana.
A passagem de Elon Musk pelo governo Trump chegou ao fim. O CEO da Tesla deixou o cargo de funcionário especial no Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos, após liderar uma campanha para cortar gastos e reduzir a burocracia federal. A decisão ocorreu após Musk criticar publicamente o novo projeto de lei tributária proposto por Trump, gerando desconforto entre aliados do ex-presidente.
No cenário nacional, a crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continua sendo um tema central. O ministro Fernando Haddad se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado para discutir os impactos de uma eventual rejeição da medida. Haddad alertou que a não aprovação da medida acarretaria um contingenciamento adicional, afetando o funcionamento da máquina pública. A equipe econômica busca um acordo com o Congresso, avaliando propostas alternativas.
A taxa de desemprego no Brasil apresentou um resultado abaixo do esperado no trimestre encerrado em abril, com um número recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado. Dados do IBGE revelam que a taxa de desemprego ficou em 6,6%, o menor patamar para o período desde 2012. O mercado de trabalho brasileiro demonstra robustez, embora analistas preveem uma deterioração gradual em conjunto com a esperada perda de força da economia.
A S&P rebaixou o rating da Azul de CCC para D, o nível mais baixo, indicando uma situação de possível calote. A Fitch também rebaixou o rating da companhia para D. A decisão foi tomada após a Azul entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, reportando dívidas de R$ 31 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um aumento de 50,3% em relação ao ano anterior.
Via Money Times