Ibovespa registra alta pela terceira sessão seguida com Petrobras

Ibovespa fecha em alta pela terceira vez consecutiva, enquanto dólar registra leve alta a R$ 5,54.
12/06/2025 às 17:33 | Atualizado há 2 semanas
Ibovespa em alta
Ibovespa alcança alta consecutiva, impulsionado pela força da Petrobras. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Ibovespa em alta marcou o fechamento do dia impulsionado, principalmente, pelo desempenho da Petrobras e pela recuperação de Wall Street. Nesta quinta-feira (12), o principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia cotado aos 137.799,74 pontos, com uma elevação de 0,49%. Paralelamente, o dólar à vista finalizou as negociações a R$ 5,5426, apresentando um aumento de 0,09% em relação ao real.

No cenário doméstico, investidores reagiram ao decreto de compensação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e à publicação de uma medida provisória (MP) de contenção de despesas. O presidente da Câmara, Hugo Motta, informou que o colégio de líderes decidiu pautar a urgência para votação de projeto de decreto legislativo que visa suspender os efeitos do decreto do IOF. Segundo Motta, o clima na Câmara não é favorável ao aumento de impostos para solucionar problemas fiscais.

A votação da urgência em plenário está agendada para a próxima segunda-feira (16). Caso seja aprovada, o projeto terá sua tramitação acelerada, podendo ser analisado diretamente no plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões. As ações da Petrobras se destacaram entre as maiores altas do Ibovespa, impulsionando o índice pelo terceiro dia consecutivo.

Além do desempenho da Petrobras, a Embraer também teve um papel importante na alta do Ibovespa, com suas ações reagindo positivamente às estimativas de demanda global da empresa. Analistas do Bradesco BBI e Ágora Investimentos consideram as notícias da Embraer positivas, já que as perspectivas para a aviação comercial podem gerar aumento nos pedidos.

Na outra ponta, a MRV liderou as quedas no Ibovespa. As ações da construtora sofreram um impacto negativo devido às discussões sobre a taxação de títulos públicos do setor imobiliário, como LCI e CRI, além de um movimento de realização de lucros recentes, apesar da queda, os papéis da MRV acumulam alta de mais de 11% no ano.

Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street encerraram o dia em alta, sustentados pelo setor de tecnologia, dados econômicos e novas ameaças tarifárias de Donald Trump. As ações da Oracle subiram 13% após a divulgação de resultados do quarto trimestre fiscal acima do esperado. Em contrapartida, os papéis da Boeing caíram mais de 5% após a queda de uma aeronave na Índia.

Além disso, os investidores reagiram a novos dados. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego ficaram em 248.000, na semana encerrada em 7 de junho, informou o Departamento do Trabalho do país. Os economistas consultados pela Reuters previam 240.000 pedidos para o período. Os preços ao produtor (PPI) dos EUA subiram 2,6% em maio em relação ao ano anterior, após a alta de 2,5% em abril.

Trump afirmou que pretende definir novas taxas de importação para produtos de diversos países nas próximas semanas. Em abril, a Casa Branca determinou um período de suspensão das tarifas por 90 dias para países que não haviam anunciado retaliações ao ‘tarifaço’. O presidente afirmou que pode estender o prazo de 8 de julho para concluir as negociações comerciais com os países, antes que tarifas norte-americanas mais elevadas entrem em vigor, mas não acredita que isso seja necessário.

O mercado financeiro segue atento aos desdobramentos das decisões políticas e econômicas, tanto no Brasil quanto no exterior, para calibrar suas estratégias de investimento. A combinação de fatores internos e externos continua a influenciar o desempenho do Ibovespa em alta e do câmbio, exigindo cautela e análise por parte dos investidores.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.