Ibovespa Registra Alta com Resultados Corporativos

Ibovespa sobe 1,04% com balanços positivos e expectativas de cortes de juros nos EUA.
06/08/2025 às 18:23 | Atualizado há 2 meses
Ibovespa avança com balanços
Dólar despenca 0,78% e registra sua quarta queda seguida. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O Ibovespa subiu 1,04%, alcançando 134.537,62 pontos, impulsionado por balanços corporativos positivos. Nomes como RD Saúde e Itaú contribuíram para essa melhora, que gerou expectativas de dividendos. O volume financeiro foi de R$ 22,15 bilhões, refletindo uma dinâmica favorável no mercado.

Analistas destacam a reação positiva aos resultados trimestrais e uma atmosfera de maior apetite por risco no exterior. A alta de 0,73% do S&P em Wall Street também indicou um clima otimista, especialmente com a expectativa de cortes nas taxas de juros. Apesar do saldo negativo de R$ 433 milhões em duas semanas, os investidores continuam atentos ao mercado.

O cenário do câmbio mostrou o dólar em queda, cotado a R$ 5,46. Esse movimento foi influenciado pela estabilidade dos mercados emergentes. A possibilidade de cortes de juros nos EUA a partir de setembro mantém os investidores alertas à movimentação do Ibovespa e aos próximos balanços corporativos.
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O Ibovespa avança com balanços corporativos promissores, registrando um aumento de 1,04%, atingindo 134.537,62 pontos nesta quarta-feira (04). Esse desempenho reflete um cenário corporativo dinâmico, impulsionado pelos resultados acima do esperado da RD Saúde e pela solidez do Itaú no segundo trimestre, que reforçou as perspectivas de dividendos adicionais. O volume financeiro totalizou R$ 22,15 bilhões.

Segundo Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, a performance do Ibovespa foi impulsionada pela reação positiva aos balanços corporativos, somada a um apetite por risco no mercado externo e fluxos positivos direcionados aos mercados emergentes. Em Wall Street, o S&P fechou em alta de 0,73%, também influenciado pelos resultados corporativos e pelas expectativas de cortes nas taxas de juros nos EUA.

Arthur Barbosa, analista da Aware Investments, destaca que a perspectiva de moderação na atividade econômica dos EUA aumentou as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve em 2025, reduzindo os prêmios de risco para investimentos em mercados emergentes, como o Brasil. Apesar da percepção favorável, os dados da B3 indicam um saldo negativo no capital externo, com uma saída líquida de R$ 433 milhões nos dois primeiros pregões de agosto.

No mercado de câmbio, o dólar registrou uma queda de 0,78%, cotado a R$ 5,46, marcando a quarta sessão consecutiva de declínio. Este movimento foi influenciado pelo cenário externo, onde o dólar também perdeu valor em relação a moedas de outros países emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso colombiano.

As expectativas de cortes de juros pelo banco central dos EUA a partir de setembro continuam a dominar os mercados globais, especialmente após um relatório de emprego fraco para julho e a renúncia antecipada da diretora Adriana Kugler. Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, manifestou apoio a cortes de juros no curto prazo, prevendo que o banco terá que responder à desaceleração da economia americana.

O cenário doméstico também se mostrou favorável ao real, impulsionado pelos ganhos na bolsa brasileira e pela avaliação dos investidores sobre uma nova rodada de balanços corporativos. O avanço das ações brasileiras contribui para atrair um maior fluxo de capital estrangeiro, exercendo pressão sobre a divisa norte-americana. Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa macroeconômica do Banco Pine, ressalta que o mercado local permanece atrativo para investidores estrangeiros devido à posição confortável das contas externas, à expectativa de crescimento do PIB e à atratividade do carry trade.

Apesar dos fatores positivos, o mercado doméstico permanece dependente de novidades concretas na busca do governo brasileiro por negociar com Washington a tarifa imposta por Trump. Os investidores aguardam informações sobre possíveis isenções para produtos brasileiros e o plano de contingência do governo para auxiliar empresas e setores afetados pela taxa dos EUA. Em entrevista à Reuters, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou negociações diretas com Trump e anunciou que o Brasil não pretende adotar tarifas recíprocas.

Recentemente, o governo brasileiro apresentou um pedido de consultas aos EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC) devido à imposição da tarifa de 50%, conforme informado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Os investidores devem continuar acompanhando os balanços corporativos e o desenrolar das negociações comerciais entre Brasil e EUA para avaliar os próximos movimentos do Ibovespa e do mercado de câmbio.

Via Forbes Brasil

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.