Ibovespa Registra Nova Máxima, Mas Encerra o Dia em Queda

Ibovespa atinge máxima histórica, mas fecha em leve queda; veja os detalhes.
11/09/2025 às 18:43 | Atualizado há 1 semana
Ibovespa ao longo do dia
Inflação dos EUA supera expectativas, impulsionando o movimento do mercado. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O mercado financeiro brasileiro teve um dia agitado com o Ibovespa atingindo a máxima histórica de 144.012,5 pontos. Contudo, no fechamento, o índice não conseguiu se sustentar, terminando com uma alta de apenas 0,56%, o que gerou preocupação entre os investidores.

Nos Estados Unidos, indicadores como o Índice de Preços ao Consumidor e dados de emprego impactaram o humor do mercado, trazendo incertezas sobre a política monetária do Federal Reserve. O aumento da inflação americana e os pedidos de auxílio-desemprego acima do esperado afetam as expectativas dos investidores em relação aos juros.

Em meio a esse cenário, também se destacou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, que pode ter desdobramentos importantes. Além disso, o Banco do Brasil e outras instituições financeiras fecharam em alta, refletindo mudanças no cenário econômico, enquanto algumas commodities enfrentaram quedas.
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As últimas movimentações no mercado financeiro dos EUA e do Brasil trouxeram dados importantes para investidores e analistas. O Ibovespa ao longo do dia apresentou oscilações, enquanto indicadores de inflação e emprego nos Estados Unidos geraram expectativas sobre as futuras decisões do Federal Reserve (Fed). Acompanhe os principais destaques e como eles impactaram o cenário econômico.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho divulgou o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que registrou um aumento de 0,4% em agosto, superando as expectativas do mercado. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação americana atingiu 2,9%, o maior patamar desde janeiro. Paralelamente, os pedidos de auxílio-desemprego também vieram acima do esperado, somando 263 mil na semana passada, indicando uma possível deterioração do mercado de trabalho.

Esses números reforçaram a expectativa de que o Fed possa realizar um corte de 0,25 ponto percentual na margem de juros. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) tem reunião agendada para a próxima semana, onde essas questões serão debatidas. Em resposta a esse cenário, Wall Street fechou com novas máximas para S&P 500, Nasdaq e Dow Jones, enquanto o rendimento do título de dez anos do Tesouro dos EUA recuou para 4,02%.

No Brasil, o Ibovespa ao longo do dia chegou a atingir sua máxima histórica, alcançando 144.012,5 pontos durante o pregão, mas não conseguiu se sustentar nesse nível. No fechamento, o índice registrou alta de 0,56%, com pontuação de 143.150,03 pontos. O dólar também apresentou baixa de 0,30%, fechando cotado a R$ 5,3911, após oscilar ao longo do dia e perder força com os dados do CPI.

O cenário político também movimentou o noticiário nacional. O julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) teve seu terceiro dia, com a formação de maioria para condená-lo por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. A ministra Cármen Lúcia e o ministro Cristiano Zanin votaram pela condenação, elevando o placar para 4 a 1 contra o ex-presidente.

Além disso, o Ministério da Fazenda revisou para baixo as previsões de crescimento e inflação para o país neste ano. Uma pesquisa Datafolha revelou que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu para 33% (ótimo/bom), aproximando-se da desaprovação, que atingiu 38% (ruim/péssimo). O Ibovespa ao longo do dia refletiu essas notícias no mercado financeiro.

No cenário corporativo, o Banco do Brasil ON avançou 0,77%, impulsionado por medidas que apoiam perspectivas de alívio para os números do banco. Outras instituições financeiras também apresentaram variações positivas: Itaú Unibanco PN subiu 0,18%, Bradesco PN fechou com alta de 0,95% e Santander Brasil UNIT valorizou-se 1,08%. BTG Pactual UNIT encerrou com alta de 1,67%, enquanto Cosan ON subiu 0,68%.

Vale ON valorizou-se 0,78%, mesmo com a queda dos preços do minério de ferro na China. Já Petrobras PN recuou 0,38% e Petrobras ON caiu 1,05%, influenciadas pelo declínio dos preços do petróleo no exterior. Em contrapartida, Magazine Luiza ON saltou 8,11%, impulsionada pelo alívio nas taxas dos contratos de Depósito Interbancário (DI). Cyrela ON também obteve ganho de 4,91%, favorecida pelo comportamento da curva de juros.

Por fim, Caixa Seguridade ON apresentou queda de 2,46%, após a destituição do diretor-presidente. Neoenergia ON, que não faz parte do Ibovespa ao longo do dia, valorizou-se 2,38%, em razão da compra da participação da Previ pela Iberdrola.

Via Forbes Brasil
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.