Ibovespa registra recorde histórico e se aproxima de 149 mil pontos

Ibovespa alcança 148.632,93 pontos, impulsionado por Vale e grandes bancos, após decisão do Fed sobre juros.
29/10/2025 às 19:22 | Atualizado há 2 semanas
               
Ibovespa bate recorde
Dólar encerra o dia praticamente inalterado após anuncio do Fed. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O Ibovespa atinge um marco histórico ao registrar 148.632,93 pontos, impulsionado principalmente pelo desempenho de empresas como a Vale e instituições bancárias. Este avanço de 0,82% reflete uma resposta positiva do mercado à recente decisão do Federal Reserve em cortar a taxa de juros, gerando otimismo em relação ao cenário econômico brasileiro.

Durante o pregão, o Ibovespa oscilou entre 147.429,63 e 149.067,16 pontos, com um volume financeiro de R$ 23,85 bilhões. O corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros nos Estados Unidos, estabelecendo a faixa entre 3,75% e 4%, ajudou a elevar as expectativas do mercado e reforçou a liquidez nas negociações de títulos.

A decisão do Fed, embora previsível, gerou reações cautelosas conforme o presidente da instituição, Jerome Powell, destacou que os mercados não devem antecipar cortes adicionais. Essa comunicação contribuiu para um fechamento estável na Wall Street, e o dólar também apresentou estabilidade no Brasil, refletindo a influência das políticas monetárias recentes.
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O Ibovespa bate recorde impulsionado pelo desempenho de gigantes como Vale e grandes bancos, atingindo um marco histórico. Esse avanço notável reflete, em grande parte, a resposta do mercado à decisão de juros do Federal Reserve (Fed), sinalizando um momento de otimismo no cenário econômico brasileiro.

O pregão registrou um avanço de 0,82%, elevando o índice para 148.632,93 pontos. Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre a máxima de 149.067,16 e a mínima de 147.429,63 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 23,85 bilhões, demonstrando a intensa atividade no mercado.

A decisão do Banco Central norte-americano de realizar um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, fixando-a na faixa de 3,75% a 4%, alinhou-se com as expectativas do mercado. Adicionalmente, o Fed anunciou a retomada de compras limitadas de Treasuries, visando garantir a liquidez nos mercados monetários.

Jerome Powell, chair do Fed, mencionou que as autoridades do Banco Central estão buscando um consenso sobre os próximos passos, alertando que os mercados não devem antecipar um novo corte de juros ainda este ano. Essa postura gerou uma reação de cautela nos mercados.

Em Wall Street, o S&P 500 atingiu um novo teto intradia, aproximando-se dos 7 mil pontos. No entanto, o índice fechou estável devido às sinalizações cautelosas de Powell sobre a política monetária de dezembro.

Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, comentou que a decisão do Fed não foi inesperada. No entanto, a tentativa de Powell de moderar as expectativas de um novo corte em dezembro impactou negativamente o mercado. Igliori ressaltou que ainda considera um corte de 0,25 ponto percentual como o cenário mais provável, mas reconhece que Powell indicou que nada está garantido.

Acrescentou ainda que a magnitude do esfriamento no mercado de trabalho permanece incerta, assim como os possíveis impactos das tarifas na trajetória da inflação.

Segundo Igliori, as divergências entre os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed adicionam incertezas sobre a continuidade da política monetária nos EUA.

Na reunião, Stephen Miran solicitou uma redução ainda maior nos custos dos empréstimos, enquanto Jeffrey Schmid, presidente do Fed de Kansas City, defendeu a manutenção das taxas devido ao nível atual da inflação. Essas posições divergentes refletem a complexidade das decisões de política monetária.

O dólar apresentou estabilidade no Brasil, revertendo as perdas iniciais. Essa dinâmica ocorreu após a decisão de política monetária do Federal Reserve, que levantou dúvidas sobre um novo corte de juros em dezembro, fortalecendo a moeda norte-americana globalmente.

O dólar à vista registrou uma leve baixa de 0,04%, cotado a R$ 5,3581. No acumulado do ano, a divisa apresenta uma queda de 13,29%. Na B3, o dólar para novembro cedia 0,03%, a R$ 5,3635.

O Fed cortou a taxa de referência em 25 pontos-base, situando-a entre 3,75% e 4,00%. A autoridade destacou os limites em seu processo decisório, influenciados pela paralisação do governo dos EUA, que restringiu o acesso a indicadores econômicos.

A decisão do Fed revelou-se dividida: dez membros votaram a favor do corte de 25 pontos-base, um defendeu uma redução maior e outro votou pela manutenção da taxa. Essa divisão interna demonstra as diferentes perspectivas sobre a condução da política monetária.

O Fed também anunciou o encerramento da redução de seu balanço patrimonial de US$6,6 trilhões, em resposta a sinais de aperto nas condições de liquidez do mercado monetário. Essa medida visa normalizar a liquidez disponível.

O resultado da decisão do Fed foi o fortalecimento dos rendimentos dos Treasuries, impulsionado pela percepção de que um novo corte de juros em dezembro não está assegurado. Powell reforçou essa percepção, mencionando que os membros do Fed estão buscando um consenso sobre os próximos passos.

Nos mercados de câmbio, essa sinalização resultou na valorização do dólar em relação a diversas outras moedas, inclusive no Brasil. Após atingir a mínima de R$ 5,3345 (-0,49%) às 12h08, o dólar à vista alcançou a máxima de R$ 5,3679 (+0,14%) às 16h13, refletindo a reação à decisão do Fed e às declarações de Powell.

No mercado internacional, o dólar continuava em alta no fim da tarde. O índice do dólar, que avalia o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, apresentava uma alta de 0,53%, cotado a 99,191.

Assim, o Ibovespa bate recorde refletindo um cenário de intensa atividade e sensibilidade às decisões de política monetária, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A trajetória do mercado financeiro permanece atenta aos próximos passos do Federal Reserve e seus impactos na economia global.

Via Forbes Brasil
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.