O Ibovespa em alta fechou o pregão desta quarta-feira com um aumento de 0,99%, atingindo 135.368,27 pontos, impulsionado pelo otimismo nos mercados globais devido às negociações comerciais dos Estados Unidos. O dólar à vista também apresentou queda, encerrando o dia cotado a R$ 5,5230, com uma redução de 0,79%. No cenário doméstico, as atenções dos investidores se voltaram para os resultados corporativos, deixando em segundo plano o Relatório de Receitas e Despesas Primárias do terceiro trimestre.
O otimismo no mercado foi quase generalizado, com apenas seis ações do Ibovespa registrando queda. A WEG (WEGE3) liderou as perdas, influenciada pela reação aos números do segundo trimestre, que mostraram um lucro líquido de R$ 1,59 bilhão e um crescimento de 10,4% na comparação anual. O Ebitda da companhia cresceu 6,5%, atingindo R$ 2,26 bilhões, com margem de 22,1%, enquanto a receita líquida avançou 10,1%, totalizando R$ 10,21 bilhões.
Analistas apontaram que a WEG apresentou um crescimento mais fraco da receita e sinais de desaceleração em segmentos importantes. As ações da Vale (VALE3) também figuraram entre as maiores quedas, refletindo a reação à prévia operacional. A mineradora superou as expectativas de produção no segundo trimestre de 2025, com melhorias nos volumes de minério de ferro, cobre e níquel.
Em contraste, a Petrobras (PETR3; PETR4) subiu mais de 2%, operando na contramão do petróleo Brent. A estatal anunciou um acordo com a Shell e PPSA para a produção no pré-sal de Jubarte, localizada na Bacia de Campos. Os investidores também aguardam o relatório de produção e vendas da Petrobras, que é considerado uma prévia do balanço do segundo trimestre.
O destaque positivo do Ibovespa ficou com a MRV (MRVE3), que estendeu os ganhos do dia anterior. O Santander reiterou a recomendação de compra para as ações da construtora, destacando que a companhia continua com um valuation atrativo, apesar do impacto negativo das baixas contábeis da Resia nos resultados de curto prazo.
Nos mercados internacionais, os índices de Wall Street fecharam em forte alta, impulsionados pelos desdobramentos das negociações tarifárias entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais. O presidente dos EUA anunciou um acordo com o Japão, com tarifas recíprocas de 15% sobre produtos japoneses, e acordos com Filipinas e Indonésia.
Na Ásia, os índices fecharam em alta com o acordo tarifário entre EUA e Japão. O índice Nikkei do Japão subiu 3,51%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong avançou 1,62%. Na Europa, os mercados terminaram o pregão em tom positivo, com expectativas de um acordo comercial entre a Casa Branca e a União Europeia.
O otimismo do mercado, especialmente o Ibovespa em alta, refletiu as negociações comerciais em andamento e a expectativa de novos acordos. Os investidores permaneceram atentos aos resultados corporativos e aos desenvolvimentos no cenário internacional.
Via Money Times