Ibovespa sobe 6,28% em agosto, melhor mês em um ano

Descubra como o Ibovespa avançou em agosto e os fatores que influenciaram esse desempenho. Informações relevantes para investidores!
29/08/2025 às 18:02 | Atualizado há 3 semanas
Ibovespa em agosto
Agosto traz novas altas para o Ibovespa com a esperança de mudanças no governo. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Agosto foi um mês positivo para o Ibovespa, que registrou uma valorização de 6,28%. O resultado inverte a queda de 4,17% em julho, sendo o melhor desempenho mensal desde agosto de 2024. Esse avanço foi impulsionado por mudanças no cenário político e econômico, tanto no Brasil quanto nos EUA.

As previsões eleitorais para 2026 começam a moldar as estratégias dos investidores. Uma recente pesquisa sugere que o presidente Lula pode enfrentar desafios em uma eventual reeleição, o que gerou otimismo no mercado financeiro. Além disso, a redução das tarifas de importação pelos EUA teve um impacto positivo nas expectativas de crescimento.

No cenário internacional, a possibilidade de cortes nas taxas de juros nos EUA também elevou o ânimo dos investidores. A desvalorização do dólar frente ao real favoreceu a atração de novos investimentos. Alguns dos destaques do mês incluem RD Saúde e MRV, que alcançaram altas significativas, enquanto Raízen enfrentou as maiores quedas.
Agosto trouxe um novo fôlego para o Ibovespa em agosto, impulsionado por expectativas de mudanças governamentais e afrouxamento monetário tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O principal índice da bolsa brasileira registrou uma valorização de 6,28% no mês, revertendo a queda de 4,17% observada em julho, marcando seu melhor desempenho mensal desde agosto de 2024.

As projeções para o cenário eleitoral de 2026 já começaram a influenciar as negociações dos investidores. Uma pesquisa recente da AtlasIntel/Bloomberg indicou que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, ficaria atrás do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em um possível segundo turno, cenário que agrada o mercado financeiro.

O otimismo dos investidores foi reforçado por um estudo do UBS BB, que analisou diversas pesquisas de popularidade, como Quaest, Paraná Pesquisas e Datafolha. O estudo sugere que a aprovação do governo atual não seria suficiente para garantir a reeleição de Lula, já que sua aprovação, somando as avaliações de “ótimo” e “bom”, está em 29,7%, abaixo dos 40% historicamente necessários para reeleição ou eleger um sucessor.

Além disso, o mercado reagiu positivamente ao alívio nas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A imposição de uma tarifa de 50%, que havia impactado negativamente o mercado em julho, foi atenuada com a isenção de quase 700 itens. Para mitigar os impactos econômicos, o governo implementou medidas que incluem R$ 30 bilhões em linhas de crédito, R$ 4,5 bilhões em aportes a fundos garantidores e até R$ 5 bilhões em créditos tributários para exportadores.

No cenário internacional, a expectativa de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, previstos para setembro, também contribuiu para o bom desempenho do Ibovespa. As declarações do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, e de seu presidente, Jerome Powell, durante o Simpósio de Jackson Hole, foram interpretadas como sinais de que ajustes na política monetária poderiam ser justificados.

Dados recentes sobre a inflação nos EUA reforçaram essa expectativa. No final de agosto, o mercado precificava uma probabilidade de 87,2% de o Federal Reserve cortar 0,25 ponto percentual nas taxas de juros em sua próxima reunião, um aumento em relação aos 86,7% do dia anterior. As taxas de juros nos EUA estão atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano.

Em relação ao câmbio, o dólar registrou uma desvalorização de 3,19% em relação ao real durante o mês de agosto, fechando o mês cotado a R$ 5,4220. Este movimento também influenciou positivamente o desempenho do Ibovespa, refletindo uma menor aversão ao risco e um fluxo maior de investimentos para o mercado brasileiro.

Entre os destaques positivos do Ibovespa, as maiores altas foram lideradas por empresas como RD Saúde ON (RADL3), com 30,29%, MRV ON (MRVE3), com 27,56%, e Hapvida ON (HAPV3), com 26,13%. Já as maiores quedas foram registradas por Raízen ON (RAIZ4), com -17,61%, Rumo ON (RAIL3), com -12,03%, e PRIO ON (PRIO3), com -10,24%.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.