Após atingir um recorde histórico na última sexta-feira, o Ibovespa apresenta queda hoje, indicando uma realização de lucros entre investidores. A reação do mercado é esperada após a divulgação de dados dos Estados Unidos, que sugerem uma possível desaceleração do setor trabalhista.
A expectativa sobre as ações do Federal Reserve (Fed) em relação às taxas de juros se intensifica, especialmente com o foco no julgamento de Jair Bolsonaro no STF. O mercado brasileiro permanece cauteloso diante da política interna e suas possíveis repercussões comerciais, em um cenário de tensões com os EUA.
Além disso, o dólar registrou uma leve alta de 0,07% e o Ibovespa caiu 0,59%, fechando com 141.791,58 pontos. As ações de algumas empresas como Itaú e Banco do Brasil tiveram desempenho negativo, enquanto a Petrobras e a Vale apresentaram pequenas altas. A volatilidade do mercado permanece em alta, refletindo as incertezas políticas e econômicas.
Após atingir um recorde histórico na última sexta-feira, o Ibovespa cai hoje, refletindo um movimento de realização de lucros por parte dos investidores. O mercado financeiro, sempre dinâmico, ajusta-se após a divulgação de dados importantes nos Estados Unidos, que sinalizam uma possível desaceleração no mercado de trabalho.
Essa desaceleração nos Estados Unidos pode influenciar as decisões do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros, com expectativas de cortes futuros. No Brasil, as atenções se voltam para o julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e a divulgação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (IPCA).
O mercado teme que o julgamento de Bolsonaro possa provocar novas medidas dos Estados Unidos contra o Brasil, especialmente após o estabelecimento de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo ex-presidente americano, Donald Trump. Essa tensão política e econômica adiciona volatilidade ao cenário.
O dólar à vista registrou alta de 0,07%, cotado a R$ 5,4179. O Ibovespa, por sua vez, encerrou o dia em queda de 0,59%, acumulando 141.791,58 pontos após o recorde histórico de 142.640,14 pontos alcançado na sexta-feira. Em Wall Street, o S&P 500 fechou com alta de 0,21%.
O Banco Central (BC) divulgou a pesquisa Focus da semana, na qual especialistas revisaram para baixo a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, de 2,16% para 1,85% em 2026. A inflação para 2025 foi mantida, enquanto a de 2026 apresentou uma leve queda de 0,01 ponto percentual, passando a 4,30%.
Entre os destaques do mercado financeiro, o Itaú Unibanco PN fechou com baixa de 0,47%, refletindo um dia mais negativo para ações sensíveis à economia doméstica. O Banco do Brasil ON perdeu 0,95%, Santander Brasil UNIT recuou 1,71% e Bradesco PN fechou negociada em baixa de 0,52%.
A Petrobras PN subiu 0,39%, impulsionada pela alta do petróleo no mercado internacional, onde o contrato Brent fechou com acréscimo de 0,79%. A Vale ON também apresentou alta de 0,25%, influenciada pelo avanço dos preços do minério de ferro na China.
A Raízen PN avançou 5,47%, em meio a notícias sobre possíveis investidores interessados na companhia, uma joint venture entre Cosan e Shell. A empresa reiterou que seus acionistas controladores estão avaliando alternativas estratégicas de capitalização, mas que ainda não há qualquer decisão.
Em contrapartida, a CVC Brasil ON recuou 4,5%, em um pregão de ajustes após a alta da última sexta-feira, acompanhando o declínio em papéis atrelados à economia doméstica. Magazine Luiza ON caiu 3,88% e Assaí ON declinou 3,71%. As ações da Azul PN e Gol PN, que não fazem parte do Ibovespa, dispararam 31,3% e 17,16%, respectivamente.
Via Forbes Brasil