IGP-M registra queda de 0,36% em outubro, segundo FGV

Em outubro, IGP-M cai mais do que o esperado, refletindo mudanças em preços de energia e matérias-primas.
30/10/2025 às 09:05 | Atualizado há 2 semanas
               
IGP-M em outubro
Índice supera expectativas e acumula alta de 0,92% em 12 meses. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O IGP-M registrou uma queda de 0,36% em outubro, revertendo o aumento de 0,42% do mês anterior. Os dados, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), surpreenderam o mercado, que esperava uma retração menor de 0,22%. As dinâmicas do mercado refletem influências nos preços ao consumidor e ao produtor, exigindo atenção dos analistas em relação ao cenário econômico.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que é a principal componente do IGP-M, teve uma redução de 0,59% neste mês, após um incremento de 0,49% em setembro. A queda foi impulsionada pela diminuição de preços de matérias-primas como leite, café e soja, evidenciando a volatilidade do setor. O IPC também desacelerou, com uma alta de apenas 0,16%, influenciada pela redução nas tarifas de energia elétrica.Residenciais.

A tarifa de eletricidade apresentou uma queda significativa de 1,78%, aliviando os custos para as famílias. Além disso, o INCC manteve-se estável com alta de 0,21%. A atualização mensal do IGP-M entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês corrente garante que esse índice reflita com precisão as variações de preços atuais e as tendências econômicas em desenvolvimento.
O IGP-M em outubro apresentou uma queda de 0,36%, revertendo o aumento de 0,42% registrado no mês anterior. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou os dados, revelando um desempenho mais favorável do que as expectativas do mercado.

A pesquisa da Reuters indicava uma projeção de queda de 0,22%. Com esse resultado, o índice acumula um avanço de 0,92% nos últimos 12 meses. Essa mudança reflete as dinâmicas do mercado e seus impactos nos preços ao produtor e ao consumidor.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M em outubro, teve uma retração de 0,59%. Em setembro, o IPA havia subido 0,49%. Essa variação no atacado demonstra como os preços dos produtos na fase inicial da cadeia produtiva influenciam o índice geral.

Essa diminuição reflete, em grande parte, a redução dos preços de importantes matérias-primas agropecuárias. Leite in natura, café em grão, soja em grão e bovinos foram alguns dos itens que contribuíram para esse cenário.

Dentro do IPA, as matérias-primas brutas apresentaram deflação de 1,41% no mês, contrastando com a alta de 1,47% observada em setembro. Esses dados indicam uma volatilidade nos preços dos insumos básicos, que afeta diretamente os custos de produção.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no cálculo do IGP-M em outubro, também apresentou desaceleração. A alta foi de 0,16% em outubro, menor que o 0,25% registrado em setembro, mostrando uma pressão inflacionária menor sobre o consumidor final.

A desaceleração do IPC foi influenciada, principalmente, pelo grupo Habitação. A redução nas tarifas de energia elétrica residencial, devido à mudança da bandeira tarifária, de vermelha patamar 2 para vermelha patamar 1, impactou positivamente esse índice.

A tarifa de eletricidade residencial apresentou uma queda de 1,78% no mês, revertendo a alta de 4,76% do período anterior. Essa redução no custo da energia alivia o orçamento das famílias e contribui para a contenção da inflação.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou uma alta de 0,21%, repetindo a taxa do mês anterior. Esse índice, que também compõe o IGP-M em outubro, reflete a estabilidade nos custos do setor da construção civil.

O IGP-M em outubro é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Essa metodologia garante que o índice reflita as condições de mercado mais recentes, oferecendo uma visão precisa das variações de preços.

A dinâmica observada no IGP-M em outubro, com a queda influenciada pela redução nos preços de matérias-primas e tarifas de energia, sublinha a complexidade dos fatores que moldam a inflação no Brasil. Acompanhar esses indicadores é essencial para entender as tendências econômicas e seus impactos no dia a dia.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.