Ilhas de Vila Velha fechadas para visitação temporária; saiba os motivos e datas previstas para reabertura

Ilhas de Vila Velha fechadas temporariamente para proteger aves marinhas ameaçadas. Saiba os motivos e datas de reabertura. Confira!
15/04/2025 às 18:32 | Atualizado há 3 meses
Ilhas de Vila Velha fechadas
Visitação às Ilhas Itatiaia e Pacotes limitada para proteger aves ameaçadas. (Imagem/Reprodução: Es360)

A partir de 15 de abril, as Ilhas de Vila Velha fechadas, Itatiaia e dos Pacotes, estarão temporariamente inacessíveis para visitação. Essa medida, válida até 15 de outubro, visa proteger o período de reprodução de aves marinhas ameaçadas de extinção. A preservação dessas espécies, como a andorinha-do-mar-de-bico-amarelo, a andorinha-do-mar-de-bico-vermelho e a pardela-de-asa-larga, é a prioridade.

A Resolução Consema nº 011/2005, que regulamenta áreas sensíveis no litoral do Espírito Santo, respalda essa interdição. Durante esse período, qualquer tipo de acesso às ilhas, incluindo embarcações credenciadas, está estritamente proibido. Essa restrição reforça o compromisso com a conservação do ecossistema local.

Entenda a importância do fechamento das Ilhas de Vila Velha

As Ilhas Itatiaia e dos Pacotes integram uma rota essencial para a reprodução de diversas aves marinhas. Esse corredor ecológico inclui também a Ilha Escalvada, em Guarapari, a Ilha Branca, em Marataízes, e as Ilhas Galhetas, em Vitória. Nesses locais, as aves nidificam em áreas restritas, com alta densidade populacional, tornando-as vulneráveis à interferência humana. O controle do acesso se faz crucial para garantir o sucesso reprodutivo dessas espécies.

Enquanto Itatiaia e dos Pacotes permanecem fechadas, a Ilha Pituã, também em Vila Velha, continua aberta à visitação durante todo o ano. O transporte até a ilha é realizado exclusivamente por barqueiros credenciados, assegurando a segurança dos visitantes e a preservação ambiental. Esse controle de acesso minimiza o impacto do turismo na área.

Ciclo reprodutivo das aves marinhas

As andorinhas-do-mar, aves migratórias, reproduzem-se em uma extensa faixa costeira, que abrange desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Por outro lado, as pardelas-de-asa-larga demonstram maior especificidade em seus hábitos de nidificação, concentrando-se principalmente nas Ilhas Itatiaia e em pequenas ilhotas de Fernando de Noronha.

Medidas de proteção ambiental em Vila Velha

Ricardo Klippel Borgo, secretário de Meio Ambiente de Vila Velha, destaca a classificação das ilhas do município como Zona de Especial Interesse Ambiental (ZEIA) pelo Plano Diretor Urbano. Ele ressalta que as normas de proteção durante o período de nidificação das aves são estabelecidas pela Resolução Consema. O descumprimento dessas diretrizes acarreta em sanções legais. A fiscalização visa garantir o cumprimento das medidas.

A preservação dessas ilhas garante a continuidade do ciclo de vida dessas aves e a saúde do ecossistema marinho. A conscientização sobre a importância dessas medidas de proteção ambiental é fundamental para a conservação da biodiversidade. O monitoramento contínuo da área contribui para a proteção a longo prazo.

Via ES 360

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