Pesquisas recentes mostram que a ilusão de conhecimento, quando a pessoa sabe um pouco, pode ser mais perigosa que a ignorância. Essa confiança exagerada faz com que as pessoas desafiem dados científicos consolidados, como a eficácia das vacinas e as mudanças climáticas.
No Brasil, o fenômeno é agravado pela desconfiança em instituições de saúde e pela sensação enganosa de estar informado, especialmente em redes sociais entre jovens. Isso favorece a circulação de informações duvidosas e dificulta o diálogo.
Especialistas recomendam reduzir essa confiança excessiva ao pedir que as pessoas expliquem detalhes complexos para entender suas limitações. A solução passa pela construção de confiança na ciência com comunicação clara e relações éticas.
Pesquisas recentes apontam que a ilusão de conhecimento pode ser mais prejudicial que a ignorância. Pessoas com conhecimento intermediário em temas científicos tendem a se sentir excessivamente confiantes, mesmo sem dominar completamente o assunto. Essa superconfiança as leva a desafiar consensos estabelecidos, como a eficácia das vacinas e as mudanças climáticas.
Estudos internacionais indicam que essa confiança exagerada acontece justamente quando o indivíduo sabe “um pouco”, mas não o suficiente para reconhecer suas limitações. Essa percepção equivocada gera resistência a informações científicas confiáveis. No Brasil, o fenômeno é agravado pela desconfiança generalizada nas instituições de saúde, enquanto a maioria das pessoas acredita confiar plenamente em sua própria capacidade de avaliar informações médicas.
Essa combinação cria um cenário complexo em que conteúdos de fontes duvidosas ganham força, principalmente em redes sociais. Jovens, em especial, misturam conhecimentos parciais obtidos em vídeos e posts online, o que alimenta a sensação enganosa de estar bem informado.
Outro desafio está no fato de que o simples fornecimento de fatos nem sempre muda essas crenças. Muitas vezes, a informação contraditória é vista como ameaça à identidade pessoal, dificultando o diálogo e o aprendizado. Pesquisadores sugerem que diminuir a confiança subjetiva, por exemplo, pedindo que a pessoa explique detalhes complexos, pode ajudar a revelar lacunas no entendimento e abrir espaço para uma compreensão mais realista.
No fundo, o problema vai além do conhecimento: é uma crise de confiança. Restaurar a credibilidade da ciência requer mais que dados precisos. É preciso construir relações baseadas em ética e comunicação clara para que o conhecimento volte a ser valorizado e reconhecido.
Via Super