Impactos das tarifas americanas e entrada de empresas chinesas no varejo brasileiro

Como tarifas dos EUA e a chegada de chinesas afetam o varejo brasileiro e trazem mudanças ao mercado local.
05/11/2025 às 09:02 | Atualizado há 4 horas
               
Tarifas de Trump
Gigantes chinesas chegam e impulsionam o crescimento do varejo brasileiro, diz VTEX. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

As tarifas impostas pelos Estados Unidos durante o governo Trump causaram atrasos e incertezas no lançamento de produtos no varejo global, incluindo o brasileiro. Ainda que as importações e exportações entre Brasil e EUA tenham sentido pouco impacto direto, a instabilidade gerada levou empresas a adiarem investimentos.

A entrada de grandes varejistas chinesas como Temu, Shopee e Shein no Brasil estimulou a modernização do setor local. Empresas nacionais têm buscado se adaptar e inovar para competir, o que pode fortalecer o mercado doméstico com mais diversidade e melhores preços para os consumidores.

Enfrentando desafios como o custo de capital e necessidade de eficiência operacional, o varejo brasileiro precisa focar em aprimorar sua competitividade global. O movimento global por acordos bilaterais e a instabilidade política exigem que empresas estejam preparadas para lidar com cenários econômicos e políticos complexos.
Mudanças no cenário global, como as Tarifas de Trump e a chegada de empresas chinesas, têm gerado discussões sobre seus efeitos no varejo brasileiro. Mariano Gomide, da VTEX, em entrevista ao InfoMoney, explora os impactos dessas transformações. A análise foca em como esses eventos podem influenciar o mercado nacional, trazendo tanto desafios quanto oportunidades para empresas brasileiras.

Gomide destaca que as tarifas impostas pelo governo americano causaram um “efeito halt“, onde empresas adiam lançamentos e investimentos devido à incerteza econômica. Isso afeta o varejo, atrasando a disponibilidade de novos produtos. No entanto, ele observa que as importações e exportações brasileiras para os EUA sofreram pouco impacto direto.

Nos Estados Unidos, alguns clientes da VTEX enfrentaram dificuldades devido ao aumento das tarifas de importação. O aumento das taxas de juros também pesou sobre o varejo americano, reduzindo a lucratividade. Apesar disso, Gomide acredita que as tarifas não causarão danos permanentes e que o mercado global se ajustará com o tempo.

As políticas de acordos bilaterais em vez de negociações em bloco representam um risco para a globalização. A instabilidade política global exige que empresas se preparem para enfrentar turbulências. A VTEX, por exemplo, busca manter a eficiência operacional para navegar em cenários de crise.

A chegada de gigantes asiáticas como Temu, Shopee e Shein impulsionou a modernização do varejo brasileiro. Empresas como Magazine Luiza e Casas Bahia aprimoraram suas operações para competir nesse novo ambiente. A competição com empresas estrangeiras pode fortalecer o mercado brasileiro, incentivando a inovação e a busca por novos mercados.

O Brasil ainda enfrenta desafios em relação ao custo de capital e à eficiência operacional em comparação com outros países. É crucial que empresas brasileiras busquem aprimorar sua eficiência para competir globalmente. A diversidade de marcas e o acesso a produtos a preços competitivos beneficiam o consumidor brasileiro e impulsionam o crescimento do setor varejista.

Empresários e executivos precisam focar na eficiência para garantir que suas empresas possam se adaptar e prosperar no mercado global em constante mudança. O foco é preparar as empresas para um futuro dinâmico e desafiador.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.