A ascensão de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos trouxe mudanças significativas nas políticas ambientais e sociais, com um foco na desregulamentação do mercado. No entanto, a Importância do ESG (Ambiental, Social e Governança) se manteve, impulsionada por investidores, consumidores e pelo mercado financeiro. Empresas que ignoram esses princípios podem enfrentar sérios riscos financeiros e de reputação.
A administração Trump promoveu ações que enfraqueceram as regulamentações ESG, como a saída dos EUA do Acordo de Paris e o relaxamento de normas da Agência de Proteção Ambiental (EPA). Essas medidas sinalizaram um recuo na agenda ESG sob a perspectiva governamental, mas incentivaram o setor privado e os mercados internacionais a reforçar suas diretrizes de sustentabilidade.
A União Europeia (UE) tem liderado a criação de regras para garantir que as empresas operem de forma sustentável e responsável. A Diretiva de Relatórios de Sustentabilidade Corporativa (CSRD) é um marco regulatório que exige que as empresas divulguem informações detalhadas sobre suas práticas sustentáveis. Outras normas importantes incluem a Taxonomia da UE e o Regulamento de Divulgação de Finanças Sustentáveis (SFDR).
Apesar do desmonte regulatório, empresas e investidores reconheceram que negligenciar o ESG pode gerar riscos financeiros e de reputação. Grandes fundos de investimento passaram a exigir maior transparência, considerando que fatores ambientais, sociais e de governança impactam a rentabilidade a longo prazo.
Consumidores, especialmente as novas gerações, desempenham um papel crucial na relevância do ESG. Millennials e Geração Z escolhem empregos e produtos baseados em valores e impactos socioambientais, incentivando as empresas a manterem estratégias ESG independentemente da postura do governo. Um estudo da Bain & Company revelou que mais de 70% dos millennials estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis.
Desde o início do governo Trump, houve um desmantelamento de programas de diversidade e inclusão no setor público, com uma postura crítica em relação a iniciativas de promoção da diversidade racial, étnica e de gênero. No entanto, essas ações enfrentaram resistência dentro do próprio governo federal e contestações judiciais por organizações da sociedade civil.
A era Trump demonstrou que, embora decisões governamentais possam influenciar a adoção do ESG, o mercado global e a sociedade continuam a exigir transparência, sustentabilidade e responsabilidade social. Empresas que mantêm um compromisso com o ESG podem se fortalecer no cenário global.
Via Startupi