O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,20% em setembro, resultado pior que o esperado pelos economistas, que previam queda de 0,10%. Essa redução sinaliza um desaquecimento da economia brasileira em meio a um cenário de taxas de juros elevadas.
No terceiro trimestre, a atividade econômica registrou retração de 0,9% frente ao trimestre anterior, segundo dados do BC. A indústria e os serviços foram os setores que mais contribuíram para a queda, enquanto a agropecuária apresentou crescimento de 1,5%, ajudando a compensar as perdas.
Apesar da queda mensal, o índice teve alta de 2,0% em setembro na comparação anual e avanço de 3,0% em 12 meses. O BC mantém a taxa de juros em 15% para controlar a inflação, enquanto a expectativa para o crescimento do PIB em 2025 é de 2,16%, com desaceleração projetada para 2026.
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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou uma retração de 0,20% em setembro, um resultado que pegou os economistas de surpresa, já que a expectativa era de uma queda menor, em torno de 0,10%. Esse desempenho, divulgado recentemente, acende um alerta sobre o ritmo da economia brasileira, indicando um possível desaquecimento em meio ao cenário de altas taxas de juros.
Os dados do Banco Central mostram que, no terceiro trimestre, houve uma diminuição de 0,9% na atividade econômica em comparação com os três meses anteriores. Esse índice, conhecido por antecipar os resultados do Produto Interno Bruto (PIB), reforça a preocupação com a trajetória da economia.
Apesar do resultado negativo em setembro, o Índice de Atividade Econômica ainda registrou um aumento de 2,0% em relação a setembro de 2024. Em um período de 12 meses, o avanço foi de 3,0%. No entanto, a retração mensal indica uma perda de fôlego.
Segundo Rafael Perez, economista da Suno Research, essa confirmação da desaceleração econômica reflete os impactos da política monetária restritiva sobre o crédito, o consumo e os investimentos. A comparação com o primeiro semestre, que teve um desempenho mais forte, também contribui para essa percepção.
A análise setorial do Banco Central revela que a indústria foi a principal responsável pela queda em setembro, com uma retração de 0,7%. O setor de serviços também apresentou um resultado negativo, com uma leve diminuição de 0,1%. A agropecuária, por outro lado, cresceu 1,5%, compensando parcialmente as perdas dos demais setores.
Excluindo os dados da agropecuária, a queda na atividade econômica teria sido ainda mais acentuada, atingindo 0,4% no mês, de acordo com o Banco Central. Esse dado reforça a importância do setor agrícola para a sustentação da economia brasileira.
O Banco Central tem mantido a taxa de juros em 15%, o patamar mais alto em quase 20 anos, com o objetivo de controlar a inflação e trazê-la de volta à meta de 3%. Em sua última reunião, os diretores do BC reconheceram que a atividade econômica segue em trajetória de moderação, conforme o esperado.
A pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, aponta que os economistas mantêm a expectativa de crescimento do PIB em 2,16% para este ano. No entanto, para 2026, a projeção é de uma desaceleração, com alta de 1,78%.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) é uma ferramenta que utiliza dados de diversos setores, como agropecuária, indústria, serviços e impostos sobre a produção, para estimar o desempenho da economia brasileira.
Os dados oficiais do PIB do terceiro trimestre serão divulgados em dezembro. A expectativa dos economistas é de um aumento de 1,8% em relação ao trimestre anterior, após o crescimento de 0,4% no segundo trimestre, segundo o Banco Central.
Via Forbes Brasil
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